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Coca-Cola e Visa: rápida recuperação para o Brasil

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Coca-Cola e Visa: rápida recuperação para o Brasil

Evento na Casa Rio reuniu lideranças das duas empresas em debate mediado por Sir Martin Sorrel, CEO do WPP


8 de agosto de 2016 - 9h49

Por Teresa Levin

A recuperação da economia brasileira deverá ser rápida e o grande desafio para a Coca-Cola no mercado nacional é passar a frente dela, implementando um ritmo mais forte ainda. É o que acredita Alfredo Rivera, presidente Latin America Group da The Coca-Cola Company. A revelação foi feita pelo executivo durante um dos encontros do Beyond The Games Global Summit, série de eventos com foco em negócios promovido pela Casa Rio durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. A afirmação foi feita após Rivera ter sido questionado pelo CEO do grupo WPP Martin Sorrel, mediador do painel que também foi integrado por Eduardo Coello, vice-presidente para América Latina da Visa.

De acordo com o executivo da Coca-Cola, a América Latina foi a região que mais cresceu para a Companhia nos últimos dez anos. “Estamos muito otimistas, somos locais e para nós a necessidade é mover rapidamente e nos adaptar as situações”, colocou, acrescentando que, historicamente, a região tem uma habilidade para a rápida recuperação. Sobre os objetivos da multinacional quando aos seus produtos, ele destacou que há a meta de estimular os consumidores a ingerirem menos açúcar. “Mais do que oferecer escolhas, temos que movê-los nesta direção”, concluiu.

 Eduardo Coello, da Visa, também espera uma rápida recuperação econômica do Brasil. “Temos muita eficiência aqui, acreditamos em um crescimento rápido, o sistema financeiro é muito forte, os bancos continuam indo bem. Os índices de delinquência de certa forma estão baixos para a situação que o País está passando. Vemos elementos como tendências positivas no mercado”, observou. Assim como para a Coca-Cola, ele revelou que a América Latina é a região que mais cresce no mundo para a Visa, firmando-se como uma prioridade. “Os governos na América Latina tendem a ter uma agenda positiva envolvendo os meios de pagamento digitais”, colocou.

painel

Martin Sorrel (WPP), Alberto Rivera (Coca-Cola) e Eduardo Coello (Visa) no encontro da Casa Rio

Hábitos de consumo

Questionado por Sorrel sobre o impacto da tecnologia nos hábitos de consumo, Rivera destacou que os consumidores estão sendo impactos pela grande disponibilidade de informações. “A penetração de smartphones na América Latina está se acelerando, os consumidores tem muitas informações em suas mãos, o que interfere na forma que pensam e fazem escolhas”, falou. O executivo disse que, como uma companhia, a Coca-Cola tem que ouvir este consumidores e ver como eles lidam com estas informações. “Ver as tendências globais e aproveitar estas oportunidades nos diferentes mercados”, observou. Ele acrescentou ainda que, com o avanço tecnológico, os consumidores estão ficando mais parecidos globalmente. “Como companhia é imperativo que nos mexamos mais rápido, tomemos decisões mais rapidamente e escutemos nossos consumidores pois eles estão mudando, esta é a nova normalidade”, colocou.

Por fim, Coello, da Visa, acrescentou que os países emergentes estão se aproximando rapidamente dos mais desenvolvidos por conta da tecnologia. Ele informou que, no Reino Unido, hoje quase um terço das transações feitas com a Visa são digitais. “O mundo está movendo para fazer as transações desta forma, na América Latina mais de 60% dos novos telefones são smartphones. Isso está aproximando os consumidores deste sistema financeiro e se mostra uma oportunidade”, falou. Coello lembrou ainda que a tecnologia está permitindo que a Visa opere de diferentes maneiras, indo além do cartão, com relógios e anéis funcionando como meios de pagamento; nos Jogos Olímpicos Rio 2016, a marca está testando pela primeira vez os anéis que foram distribuídos para os atletas do Team Visa, patrocinados pela empresa. “Com tudo isso em minhas mãos, a infraestrutura dos países emergentes tem que estar habilitada para ler todas estas transações. E a tecnologia tem que resolver esta questão para o consumidor”, finalizou.

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