A contribuição de Edney Narchi para a ética publicitária

Buscar

A contribuição de Edney Narchi para a ética publicitária

Buscar
Publicidade

Opinião

A contribuição de Edney Narchi para a ética publicitária

O trabalho feito pelo Conselho de Ética contribui de forma decisiva para que a publicidade no país se dê de forma ética e isso se deve à inteligência, competência e diligência do Edney


7 de julho de 2023 - 18h30

Edney Narchi

Edney Narchi recebeu homenagem ao se aposentar da vice-presidência do Conar, em junho (Crédito: Divulgação)

Depois de 38 anos de bons serviços à autorregulamentação publicitária, Edney Narchi aposentou-se da vice-presidência do Conar. O Conselho de Ética da entidade rendeu-lhe justíssimas homenagens em sessão plenária, dia 29 de junho. Foi uma oportunidade toda especial de relembrar tantas e tantas passagens marcantes deste notável advogado do Largo de São Francisco, talhado para a conciliação e a harmonia tão importantes num tribunal de arbitragem, como é o Conar.

Integro há onze anos o Conselho de Ética, como representante da Abap. Atualmente, tenho a honra de presidir a 1ª Câmara. Junto com os meus colegas, examino as denúncias, coordeno os debates, geralmente na presença das partes envolvidas e, depois, colho os votos dos meus colegas de Câmara, pelo arquivamento, alteração ou sustação do anúncio, e se a decisão será ou não agravada por advertência. Eu só voto em caso de desempate.

Esta e outras tarefas me transportam instantaneamente aos meus primeiros meses como Conselheira e me fazem lembrar com nitidez a paciência do Edney com o meu noviciado e inexperiência com os trâmites da casa (particularmente por minha formação e vivência profissional totalmente estrangeira ao Direito). De sua enorme generosidade não só em me explicar os diversos aspectos dos nossos ritos e procedimentos, mas em compartilhar um grande número de histórias, casos e fundamentos de decisões emblemáticas.

Ao me lembrar do trabalho que dei a ele, eu incluo um item a mais na lista de motivos para agradecer à Abap a oportunidade que me deu de fazer parte do Conar. Porque o que temos a chance de aprender aqui é inestimável e insubstituível. A qualidade deste grupo – em suas diversas interações – é rara em qualquer circunstância. O trabalho feito pelo Conselho de Ética contribui de forma decisiva para que a publicidade no país se dê de forma ética e a competição dentro de parâmetros saudáveis.

E isso se deve em enorme medida à inteligência, competência e diligência do Edney, que com a sua dedicação, ajudou a forjar uma instituição única, aberta às mudanças, discussões e evolução da nossa sociedade, acessível a pessoas de qualquer lugar do país ou estrato social, empresas dos mais diversos portes e, principalmente, confiável. Que foi capaz de manter o foco em sua missão de “impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas e defender a liberdade de expressão comercial” durante todo esse tempo. Tudo isso de forma educada, agradável, firme e incansável.

Além disso tudo, fez ainda uma sucessão impecável, deixando em seu lugar uma pessoa com todas as qualidades e preparo para liderar o Conar e toda a agenda da autorregulamentação publicitária no Brasil: Juliana Albuquerque, que já atua no Conar há 22 anos e é hoje uma das maiores autoridades em autorregulamentação publicitária no mundo. O desafio de Juliana não é pequeno, mas ela está pronta para ele. E conta com o apoio, confiança e torcida de toda a publicidade.

Ao Edney, fica o nosso agradecimento pela imensa contribuição para o País, para a publicidade e também para o desenvolvimento profissional e pessoal de cada um de nós. E no meu caso, particular, fica também um pedido de desculpas pela canseira adicional que eu causei.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Apple abre precedente perigoso

    Apple abre precedente perigoso

    Não gostou? Tudo bem, mas pedir desculpas pode prejudicar a liberdade de criar

  • Mídia revendida

    Atuação de agências de mídia na compra de espaços nos veículos para revenda aos seus clientes, com margens de lucro, provoca controvérsia nos EUA e alerta em mercados onde a prática não está instalada, como o Brasil