Atenção não se compra: se conquista!
Papel do marketing, hoje, vai muito além de comunicar benefícios dos produtos e serviços e gerar vendas para as empresas
Papel do marketing, hoje, vai muito além de comunicar benefícios dos produtos e serviços e gerar vendas para as empresas
Vivemos na era da economia da atenção — um tempo em que o bem mais escasso não é o produto, o dinheiro, nem o espaço na mídia, mas o foco real das pessoas. Somos impactados por milhares de estímulos por dia, vindos de telas, vozes, notificações, influenciadores e marcas. Nesse cenário, conquistar alguns segundos de atenção do consumidor virou um desafio bem complexo.
Hoje, o papel do marketing vai muito além de comunicar benefícios e gerar vendas. Ele se tornou um instrumento essencial para criar conexões humanas verdadeiras, posicionar marcas com relevância cultural e construir experiências que realmente importam. Afinal, em um mundo saturado de informação, o que se destaca não é quem fala mais alto — mas o que toca mais fundo.
Mais do que algoritmos ou mídia, o que move as escolhas das pessoas são vínculos. O marketing precisa ser, antes de tudo, humano. Precisa escutar, entender, se adaptar. Precisa criar espaços onde as pessoas se sintam consideradas, respeitadas e, por que não, encantadas.
Humanização não é apenas uma tendência — é uma necessidade estratégica. Experiências marcantes, gestos simbólicos, histórias que fazem sentido: tudo isso é parte da construção de uma presença de marca memorável. Não se trata de estar em todos os lugares, mas de estar onde faz sentido — com intenção, propósito e, sempre que possível, com afeto.
Na Nestlé Brasil, temos um privilégio que poucas empresas têm: temos marcas com história, com vínculos afetivos. São marcas que fazem parte de memórias familiares, que estão associadas a momentos de prazer, aconchego e felicidade. Nosso papel, como marketing, é potencializar esse valor — trazendo inovação, atualidade e profundidade a essa conexão.
Mas, para que isso aconteça, é preciso aliar tecnologia à criatividade e à sensibilidade. A inteligência artificial (IA) tem nos ajudado a entender comportamentos, antecipar demandas e personalizar jornadas de forma mais eficaz. Com IA generativa (GenAI) também conseguimos acelerar processos criativos, desenhar protótipos de campanhas ou conteúdos em tempo real. Isso dá velocidade e escala — mas o que dá alma é a escuta e a sensibilidade humana.
Tecnologia sem empatia é ruído. Por isso, acreditamos na combinação entre dados e intuição, inovação e afeto, performance e propósito. Esse equilíbrio é o que garante a consistência da experiência em todos os pontos de contato — do ponto de venda ao digital, da embalagem ao pós-compra. Temos aprendido que relevância vem da combinação entre escuta ativa, ousadia criativa e inteligência aplicada
E aqui entra o papel das lideranças: um CMO precisa ser mais do que um gestor de campanhas. Precisa ser um articulador de cultura, um conector de times e um guardião da coerência entre o que a marca promete e o que ela entrega – porque a reputação de uma marca não se constrói apenas com slogans, mas com consistência de atitudes.
O marketing está, portanto, em uma fase transformadora. Deixamos de falar sobre campanhas isoladas para pensar em ecossistemas vivos de comunicação e relacionamento. O consumidor não quer mais apenas ser impactado — ele quer ser incluído, ele quer fazer parte.
Para prosperar nesse novo cenário, as marcas precisam criar experiências que façam sentido — emocional, cultural e social. Precisam entregar valor real e deixar boas lembranças. Afinal, atenção não se compra: se conquista.
E quando existe vínculo, tudo muda. A escolha deixa de ser racional e passa a ser quase inevitável. É aí que o marketing atinge seu ponto mais alto: quando não apenas gera resultados, mas gera significado.
Essa é a direção que temos seguido na Nestlé. E acreditamos que esse pode ser um bom caminho para as marcas que desejam não apenas sobreviver — mas fazer história.
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