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Sebrae X GoDaddy: qual o retrato do empreendedor no Brasil?

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Sebrae X GoDaddy: qual o retrato do empreendedor no Brasil?

Monitoramentos e pesquisas feitos pelas empresas apontam que o perfil dos empreendedores vai muito além das startups

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25 de abril de 2023 - 7h55

empreendedorismo

Dos dados levantados pela PGE, o Brasil é o país com maior percentual de proprietários com escolarização em assuntos voltados à empreendimentos (Crédito: Net Vector/Shutterstock)

Em abril, GoDaddy Inc. divulgou os resultados da Pesquisa Global de Empreendedorismo (PGE), estudo que realiza o levantamento do setor de empreendedorismo em diversos países. Segundo os principais resultados, 92% empreendedores se mostram confiantes para estruturar novos negócios em 2023. A pesquisa foi realizada em oito países, como Brasil, Austrália, Índia, Alemanha e Estados Unidos.

No mesmo mês, o relatório produzido pela Distrito, Inside Venture Capital Report, demonstra uma queda crescente em relação ao investimentos em startups. “O mercado de startup não representa os empreendedores reais”, ressalta Luiz D’Elboux, coutry manager na América Latina da GoDaddy. O analista de gestão estratégica do Sebrae, Marco Aurélio Bedê, reitera esse ponto de vista: “As startups são um mercado muito sofisticado, porque, quando a pegamos os dados do Sebrae podemos ver que no topo do pirâmide social, a escolaridade e qualificação muito altas, enquanto na base, é extremamente baixo”.

No País, pela PGE, o segmento que é mais explorado é o setor de serviços, além disso, a taxa de mulheres empreendendo é de 53% (5º lugar dentre os países estudados). Em 2022, o Sebrae revelou que as donas de negócios são, geralmente, mais escolarizadas que os donos de empreendimento. Não obstante, a tendência apontada pelo entidade é que – ao decorrer dos anos – o nicho de investimento muda, apesar da predominância no setor de serviços, como tratamentos de beleza (18-34 anos) e serviços de caterins e bufê (35-64 anos).

Dos dados levantados pela PGE, o Brasil é o país com maior percentual de proprietários com escolarização em assuntos voltados à empreendimentos. Para D’Elboux, entidades como o Sebrae, são essenciais no processo de formalização e efetivação de empreendimentos. “A GoDaddy sempre busca participar da feiras de empreendedorismo, webnars e lives que o Sebrae nos convida”, completa o executivo.

Como empreender no Brasil?

As dificuldades para quem quer empreender são, basicamente, todas as possíveis: desde a falta de conhecimento do que gostaria de fazer e falta de planejamento até a ignorância em relação aos conhecimentos de sustentabilidade do negócio e estratégias de marketing. Tanto no Brasil, México e Índia, o maior motivo do empreendimento é motivado por uma necessidade por renda extra.

“Há certo contraste entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento quando vamos buscar os motivos que os fazem empreender”, explica o country manager. Para os países emergentes, a maior desafio está em fazer novos negócios, atrair clientes e aumentar fidelização. A pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e pelo IBGE, demonstra que, em janeiro, o percentual de empresários que apontavam a falta de clientes como principal problema chegou à 28%.

Pequenos negócios são responsáveis por muitas coisas no espaço comunitário, sobretudo, na geração de empregos (72% dos empregos criados no primeiro semestre de 2022). “Cada pessoa que está desempregada e passa a empreender está gerando um posto de trabalho com impacto social, às vezes com carteira, às vezes sem”, diz Bedê. Além disso, os microempreendimentos também são responsáveis por acelerar em 30% o PIB brasileiro.

Como fazer uma pesquisa pela GoDaddy?

A Pesquisa Global de Empreendedorismo, da GoDaddy Inc., abarcou quase 6 mil empreendimentos em oitos países e foi realizada virtualmente por um formulário de cinco minutos. Em território nacional, além do IBGE, o Sebrae busca frequentemente entender o retrato do microempreendedor brasileiro. “O público com o qual o Sebrae trabalha, por exemplo, vai desde o analfabeto funcional até a pessoa que fala cinco idiomas e faz exportações. Não só temos uma vasta heterogeneidade em indivíduos, mas uma diversidade numérica e de dados”, comenta Bedê.

As metodologias para cada pesquisa feita pela entidade são variadas, mas, podem ser separadas em dois grupos: as pesquisas a partir dos dados sigilosos e restritos fornecidos pela Receita Federal de CNPJs e entrevista com donos de negócios; e os microdados consolidados pelos pesquisadores do Sebrae voltados para segmentos e áreas de interesse.

Além disso, são usados em comparação e análise números do IBGE, INPE e demais entidades de pesquisa respeitadas nacionalmente. “Nós somos uma instituição que busca ajudar os pequenos negócios, mas pra isso, precisamos de dados para conseguir quantificar e qualificar estudos e pesquisas para orientar nossa comunicação, estratégias de ensino e negócio”, finaliza Bedê.

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