A realidade de hoje
De uma forma ou de outra, todos parecem compartilhar uma desconfiança sobre os rumos do mundo
De uma forma ou de outra, todos parecem compartilhar uma desconfiança sobre os rumos do mundo
10 de março de 2025 - 15h36
Diferente das edições anteriores, este ano tenho notado algumas mudanças, especialmente em relação às novas tecnologias. Talvez, por estarmos cada vez mais globalizados, o efeito wow dos outros anos esteja, desta vez, mais na aplicação do que na novidade em si.
A inteligência artificial, que evolui de forma exponencial, está presente em quase todos os discursos, projetos e palestras. No entanto, aquelas invenções mais ousadas que costumavam marcar presença por aqui — como a comida impressa, o carro voador ou o tradutor automático — aparecem com menos frequência desta vez.
O que predomina é uma preocupação maior com o ser humano: as relações interpessoais, o cenário político, os limites das redes sociais e as liberdades individuais.
Isso se reflete na conversa com a garçonete do café, apreensiva com as leis imigratórias; no motorista de táxi, incerto sobre seu futuro profissional; nas ativações de XR, que exploram os impactos irreversíveis de uma guerra nuclear; e nos psicólogos, atentos aos efeitos nocivos das redes sociais.
De uma forma ou de outra, todos parecem compartilhar uma desconfiança sobre os rumos do mundo.
O momento pede reflexão e pés no chão. Mais do que espectadores, temos o privilégio de enxergar tendências antes que se tornem realidade — e a responsabilidade de fazer nossa parte para, ao menos, amenizar o que talvez seja inevitável
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