Face computers
Em inglês soa só um pouco menos estranho
Em inglês soa só um pouco menos estranho
11 de março de 2024 - 15h01
Quando embarquei para Austin, a minha expectativa de ver Apple Vision Pros e seus passageiros perambulando pelas ruas era alta. Para sorte dos desastrados, ainda não chegamos a esse nível de ficção científica na vida real.
Mas me surpreendeu, entre inúmeros e repetitivos temas macro, como IA, computação quântica e cibersegurança, o quanto o Face Computer da maçã foi citado entre as tecnologias transformadoras.
Headsets de realidade aumentada não são de agora. Os do Zuckerberg já estão entre nós desde 2018. O Google tentou ser pioneiro há mais de uma década com seu Glass. A ferramenta não é nova. Só a marca estampada nela.
E esse é o maior motivo para terem revivido esse assunto que ainda quase não viveu entre nós. Quando a Apple entra para a brincadeira, é difícil ignorar. É um trambolho? Sim. Precisava de uma bateria pendurada nele? Não. Vai melhorar? Óbvio.
Lembremos que o primeiro iPhone não chegou redondinho. E que também estamos muito mais exigentes hoje. Inclusive a ponto de ignorar que já tem um “computador de rosto” com processamento de última geração, resolução 4K e 14 câmeras embarcadas que qualquer um pode comprar (pelo preço de um rim).
E de tudo que ouvi nesses últimos dias, o que mais me pegou foi o que a Apple vende e o que de fato há por trás disso tudo. A verdadeira (e maior) razão para investir nesse novo território da tecnologia.
Enquanto falarão que querem mudar o jeito como se vê o mundo, eles querem mesmo é antecipar as suas intenções antes mesmo de você tê-las. Pegando carona no banco da frente, acompanhando nossos olhares e prevendo nossas decisões
Isso tem um valor inestimável numa era em que o que mais importa é a big data. E é justamente por esse trade of que essa tecnologia, não só pelas mãos da Apple, terá todo incentivo possível para continuar evoluindo a passos largos.
Diminuindo. Melhorando. Blackmirrorando, se é que vocês me entendem.
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