Inteligência Artificial: personalização ou pasteurização?
Se todo mundo usa IA e as ferramentas bebem da mesma fonte, será que não vamos pasteurizar a criatividade? Não vai ficar tudo meio parecido?
Se todo mundo usa IA e as ferramentas bebem da mesma fonte, será que não vamos pasteurizar a criatividade? Não vai ficar tudo meio parecido?
9 de março de 2024 - 17h45
Em um mundo em constante evolução, uma nova força está moldando o cenário: a Inteligência Artificial (IA). Ontem estive em um painel que explorou o passado, presente e futuro da IA e abordou alguns aspectos relacionados à publicidade. Jeremy Kolpak, ex-funcionário do Google e da Microsoft, apresentou sua perspectiva sobre o que podemos esperar nos próximos anos.
A palestra começou com uma análise histórica da IA, desde os pioneiros como Alan Turing e Arthur Samuel até os avanços recentes em aprendizado por reforço em jogos. Essa viagem pela história revelou não apenas a mudança na velocidade das novas descobertas, mas também destacou os desafios éticos e ambientais que acompanham o desenvolvimento da IA.
Uma das discussões abordou o potencial da IA para personalizar e otimizar campanhas publicitárias. Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados e prever padrões de comportamento do consumidor, a IA está redefinindo a maneira como as marcas podem se conectar com seus consumidores. No entanto, surgiram preocupações sobre até que ponto essa personalização pode ser levada sem comprometer a privacidade do consumidor e o impacto ambiental.
Já parou para pensar que será possível fazer um anúncio completamente diferente para cada pessoa? Será possível aprender seus padrões de beleza e criar anúncios com modelos que atendam suas expectativas.
Enquanto em alguns momentos ele enfatizou as oportunidades criativas oferecidas por algoritmos generativos, em outros ele alertou para o risco de diluir a autenticidade e a originalidade da mensagem da marca. Essa discussão levantou questões importantes sobre como equilibrar a eficiência e a inovação na produção de conteúdo.
Se todo mundo usa IA e as ferramentas bebem da mesma fonte, será que não vamos pasteurizar a criatividade? Não vai ficar tudo meio parecido?
Por fim, a palestra terminou com uma visão otimista do futuro, onde a IA pode democratizar o acesso à educação e revolucionar o tratamento do câncer por meio de terapias personalizadas. Essas perspectivas inspiradoras demonstraram o potencial transformador da IA não apenas na publicidade, mas em todas as áreas da vida.
Concluindo, a palestra ofereceu uma visão abrangente do papel da IA no futuro. À medida que continuamos a explorar as possibilidades dessa tecnologia, é essencial manter um diálogo aberto e colaborativo entre profissionais do mercado de propaganda, pesquisadores e reguladores para garantir que a IA seja utilizada de maneira ética, responsável e sustentável.
O futuro da publicidade está sendo moldado hoje e se ele será melhor ou pior vai depender do uso que nós vamos dar para essas ferramentas
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