Opinião

A importância dos patrocínios na conexão com o público

Já não basta medir alcance ou visibilidade: hoje, os principais KPIs estão ligados à experiência e à interação

Camila Novaes

Diretora de marketing da Visa 16 de outubro de 2025 - 10h15

(Crédito: Divulgação)

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Grandes eventos, sejam esportivos, festivais e shows de música ou até competições de e-sports: todos são oportunidades valiosas de promover conexão genuína entre as marcas e as pessoas. E é justamente aí que reside a força dos patrocínios como estratégia de marketing. 

Quando uma marca escolhe estar presente em um desses momentos, ela não está apenas estampando sua logo em um uniforme de atleta ou em uma placa de estádio. Ela está dizendo: “quero compartilhar com você a experiência que mais importa”. Esse gesto cria vínculos emocionais que dificilmente seriam alcançados apenas por campanhas tradicionais. 

No setor de serviços financeiros, em especial, essa estratégia tem uma camada extra de relevância. Estamos falando de uma indústria que lida com algo íntimo e essencial na vida das pessoas: seu dinheiro. Conectar-se por meio de paixões coletivas, como o esporte e a música, é uma maneira de humanizar o relacionamento com consumidores e de reforçar o propósito das marcas para além da transação. 

Por isso, é preciso pensar os patrocínios de forma cada vez mais estratégica. Já não basta medir alcance ou visibilidade. Hoje, os principais KPIs estão ligados à experiência e à interação: como transformar a presença em um evento em algo que simplifique a jornada do cliente, que ofereça benefícios tangíveis e que fortaleça a confiança? Esse é o verdadeiro diferencial de um patrocínio bem executado. 

Outro ponto importante é a inclusão. Se antes o foco estava em grandes eventos de massa, hoje o olhar precisa contemplar nichos — do futebol feminino ao universo gamer, passando por movimentos culturais locais. É nesses espaços que novas gerações estão formando suas referências de consumo, e estar presente de forma autêntica é essencial para se manter relevante. 

Para as equipes de marketing que atuam em instituições financeiras, minha recomendação é clara: pensem o patrocínio não como um custo de visibilidade, mas como um investimento de longo prazo em relacionamento. Perguntem-se: qual experiência única estou proporcionando para meu cliente? Como essa ação reforça meus valores de marca? E de que maneira posso mensurar não apenas o engajamento, mas também o impacto no negócio? 

Patrocínios têm o poder de unir pessoas, marcas e propósitos quando bem trabalhados, deixando de ser apenas uma presença em campo e se tornando parte da vida das pessoas — assim como aquele esporte, aquela música ou aquele game que faz parte da rotina de milhões. E, no fim das contas, é nesse ponto de encontro que nascem as conexões mais significativas.