Eu erro, tu erras, ele erra. Mas pode mesmo errar?
Em vez de perder tempo buscando culpados, as empresas devem direcionar seus esforços para a resolução de problemas, aprendizado contínuo e progresso
Eu erro, tu erras, ele erra. Mas pode mesmo errar?
BuscarEm vez de perder tempo buscando culpados, as empresas devem direcionar seus esforços para a resolução de problemas, aprendizado contínuo e progresso
31 de outubro de 2023 - 6h03
Um dos maiores desafios que tenho observado hoje, na construção de uma empresa que a cultura organizacional esteja voltada para inovação, é lidar com o erro.
Fomos ensinados ao longo de nossa trajetória profissional que a alta performance e o perfeccionismo andam lado a lado, em uma relação tantas vezes tóxica. Todo grande executivo já teve pesadelos pensando em como uma falha pode colocar em jogo todo o seu legado e reputação. Um olhar muito centrado no indivíduo e pouco no coletivo.
No contexto atual do mundo, cada vez mais complexo, uma abordagem fundamental para o sucesso das empresas é a sua capacidade de se desafiar, inovar, evoluir o status quo. É frequente que os manuais de cultura ou até os adesivos de elevador da sua empresa estejam reforçando que todos ali estejam dispostos a errar, testar e aprender. Mas por que você ainda sente medo?
Este é um ponto que convido à reflexão: será que no mercado corporativo, competitivo, e implacável, por mais que coletivamente a discussão sobre o erro seja normalizada, individualmente ainda estamos mais preocupados em buscar e punir o culpado?
É só fazermos um pequeno exercício: quando nos deparamos com uma situação que envolve uma tomada de decisão errada, com consequências difíceis de serem gerenciadas, qual é nossa primeira pergunta? Quem fez ou o que iremos aprender com isso?
Quando existe o conceito de responsabilidade compartilhada, o pensamento está mais pautado na construção coletiva, e isso promove a tomada de decisões ponderadas e ações construtivas. Quando os membros da equipe se sentem seguros para admitir erros e compartilhar responsabilidades, eles podem trabalhar juntos para resolver problemas de forma mais eficaz. Isso cria um ambiente no qual as lições são aprendidas, o crescimento é incentivado e o sucesso é mais provável.
A disposição de assumir responsabilidades em vez de procurar culpados ajuda não só a propiciar um ambiente acolhedor, mas a possibilitar aprendizagem coletiva e crescimento organizacional.
Quando os funcionários sentem que podem assumir responsabilidades sem medo de retaliação, a confiança se fortalece. Isso é essencial para construir equipes coesas e motivadas, onde os colaboradores se sentem valorizados e respeitados. A confiança é a base de relacionamentos saudáveis e produtivos no ambiente de trabalho.
A cultura organizacional que promove a responsabilidade não apenas melhora a tomada de decisões e a eficácia, mas também constrói uma equipe confiante e inovadora. Em vez de perder tempo buscando culpados, as empresas devem direcionar seus esforços para a resolução de problemas, aprendizado contínuo e progresso. Assumir responsabilidades é o caminho para um futuro corporativo mais brilhante e sustentável.
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