Com Xerpas ou não, Cannes é subida
Festival de Cannes lembra o Everest: exige preparo, estratégia e, muitas vezes, uma boa ajuda dos seus Xerpas criativos
Festival de Cannes lembra o Everest: exige preparo, estratégia e, muitas vezes, uma boa ajuda dos seus Xerpas criativos
17 de junho de 2025 - 14h30
Cannes Lions não aumenta o número de Leões, porém as inscrições aumentam ano após ano. A lei da escassez funciona.
Lembra a situação do Everest. Algo que muitos desejam conquistar e depende de um certo talento pessoal e coletivo para alcançá-lo.
No Everest, o acampamento base é a 5 mil metros. De cara só o acampamento base já é dois mil metros maior do que o maior pico do país. E da maioria das montanhas do mundo. Depois são quatro acampamentos até o topo. Aos 6 mil, aos 6.800 (falta ar), aos 7 mil e quase chegando ao topo.
De 1953, da primeira escalada, até 1980 foram apenas centenas de alpinistas que conseguiram o feito. Hoje, 6000 pessoas já escalaram o Everest. Há tráfego de alpinistas e vias de espera para cravar a bandeira no topo. Mas continua sendo um desafio tremendo para alguns tipos de escalada.
O desenvolvimento do montanhismo no mundo, profissionalismo e novas técnicas, como a escalada com tanques de oxigênio são os motivos para esse aumento de conquistas do pico.
Sempre achei que na verdade são os Xerpas que carregam os tanques de oxigênio e profissionalizaram a subida. A etnia possui mais oxigênio no sangue e uma resistência absurda a altura e escaladas.
Se algo dá errado, eles colocam o cidadão nas costas e descem o Everest como num passeio no parque. E sobem com os tanques de oxigênio.
Cannes é um pouco assim. É competição, é conquista é desafio. Seja com Xerpas ou em escalada livre.
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