Olhar atento de primeira viagem
O Festival e a indústria de um jeito bem mais realista: ambos, apesar dos avanços, foram construídos para que corpos como o meu, negros e LGBTQIAP+, não sejam a maioria
O Festival e a indústria de um jeito bem mais realista: ambos, apesar dos avanços, foram construídos para que corpos como o meu, negros e LGBTQIAP+, não sejam a maioria
16 de junho de 2022 - 14h08
Que publicitário nunca quis ir para Cannes? Acredito que essa deve ser a máxima de todo
profissional, começando ou não nessa indústria. Pelo menos, de alguma forma, era a
minha.
Apesar disso, entre o publicitário do interior que, anos atrás, descia em São Paulo com três
malas gigantes e o que embarca para a França logo mais, brigando com uma mala de
bordo que pode pesar no máximo 10 kg, existem outros pesos.
Hoje, entendo o Festival e a indústria de um jeito bem mais realista: ambos, apesar dos
avanços, foram construídos para que corpos como o meu, negros e LGBTQIAP+, não
sejam a maioria.
Desta forma, minha presença em Cannes estará diretamente influenciada pelo viés da
diversidade. Quais histórias diversas estão sendo contadas? Ou melhor: quais vozes
contam essas histórias no maior festival de criatividade do mundo?
Nos vemos lá. Ou aqui. Com olhos atentos de primeira viagem.
Compartilhe
Veja também