Se afastar para ver de perto: Cannes e o valor da distância criativa
Ao se afastar, mesmo que temporariamente, ganhamos ângulos que antes pareciam inacessíveis
Se afastar para ver de perto: Cannes e o valor da distância criativa
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15 de junho de 2025 - 13h48
Depois de mais de duas décadas trabalhando com marketing e acompanhando à distância os grandes cases que moldaram a história da criatividade, faço agora meu “debut” em Cannes. E não poderia ser em um momento mais simbólico: em 2025, o Brasil é o país homenageado do Festival Internacional de Criatividade, ocupando o centro do palco e tendo sua força criativa reconhecida (com justiça) globalmente.
Mais do que uma agenda de ideias ou um desfile de cases premiados, vejo essa experiência como um convite à desconexão, não do propósito, mas da rotina. Do barulho. Dos problemas operacionais do negócio que nos consomem todos os dias e que, muitas vezes, nos impedem de enxergar o novo.
Viajar para um evento como esse é também um movimento necessário. Um respiro estratégico. A chance de sair do fluxo intenso do dia a dia e olhar de fora, com distanciamento, perspectiva e mais clareza. Em meio à neblina da rotina, é difícil ver com nitidez. Mas, ao se afastar, mesmo que temporariamente, ganhamos ângulos que antes pareciam inacessíveis.
Essa é a busca: ampliar repertório, provocar novas sinapses e se conectar com pessoas que pensam diferente. Ou melhor, que pensam além. Num contexto cada vez mais diverso e complexo, escuta e sensibilidade são tão importantes quanto dados e planos.
Cannes é, para mim, um ponto de fuga criativo. Um lugar para reimaginar o que fazemos, por que fazemos e como podemos fazer melhor.
E você, tem conseguido se afastar o suficiente para realmente ver de perto o que importa?
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