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#LetHerRun quer acabar com exames abusivos das atletas

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Comunicação

#LetHerRun quer acabar com exames abusivos das atletas

Criado pela agência Africa, o movimento quer dar fim a exames considerados abusivos para determinar o sexo de uma atleta


28 de setembro de 2020 - 7h31

Filme remete as “nudes parades” da década de 1960 quando as atletas passavam por exames abusivos para comprovar seu sexo biológico (crédito: reprodução)

A bicampeã olímpica Caster Semenya, da África do Sul foi impedida pela World Athletics (WA), antiga International Association of Athletics Federations (IAAF – Associação Internacional de Federações de Atletismo), de defender seu título nos Jogos de Tokyo-2020, a menos que use uma medicação para reduzir seu nível de testosterona. E ela não está sozinha. Com isso, para tentar dar fim a exames considerados abusivos para determinar o sexo de uma atleta, a agência Africa lançou o movimento #LetHerRun.

O filme produzido pela Madre Mia (veja abaixo) faz um paralelo com as “nudes parades” da década de 1960, quando as competidoras eram submetidas a um humilhante exame de comprovação de sexo biológico, e lembra que os homens não precisam passar pelo mesmo tipo de constrangimento.

 

Além de atletas e ex-atletas, como a ex-jogadora de vôlei Jaqueline Silva, primeira brasileira medalhista de ouro em Jogos Olímpicos, o movimento conta com o apoio de cientistas desportivos, acadêmicos e médicos e traz uma carta aberta para a World Athletics e seu presidente Sebastian Coe, a fim de reverem o banimento das atletas e publicamente pedirem desculpas àquelas mulheres submetidas às nude parades.

A campanha também cita outros casos de atletas que precisaram passar pelo mesmo tipo de exames, como Francine Niyosaba, de Burundi, e Margaret Wambui, do Quênia, prata e bronze, respectivamente, nos Jogos do Rio e de Londres nos 800m, além das indianas Dutee Chand e Santhi Soundarajan.

**Crédito da imagem no topo: reprodução

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