Silvia Penna, da Uber: “O caminho é regulamentar, salvar vidas e não proibir”
No palco do ProXXIma, diretora-geral da companhia de transporte falou sobre a necessidade de disponibilizar diferentes tipos de soluções
Silvia Penna, da Uber: “O caminho é regulamentar, salvar vidas e não proibir”
BuscarNo palco do ProXXIma, diretora-geral da companhia de transporte falou sobre a necessidade de disponibilizar diferentes tipos de soluções
Caio Fulgêncio
11 de junho de 2025 - 12h38
A diretora-geral da Uber no Brasil, Silvia Penna, reforçou, em entrevista no ProXXIma, nesta quarta-feira, 11, a necessidade de regulamentar o serviço de moto por aplicativo em São Paulo (SP). A modalidade que, segundo ela, já está presente em todas as capitais brasileiras, na capital paulista, tem enfrentado uma série de dificuldades, ora sendo interrompida pela Justiça, por decisão liminar, ora sendo liberada.
Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil, foi entrevistada no palco do ProXXIma nesta quarta-feira, 11 (Crédito: Eduardo Lopes/Máquina da Foto)
Na opinião da executiva, o debate precisa levar em consideração que o uso de motocicleta “faz muito sentido para a realidade brasileira”, por trazer acessibilidade para milhões de pessoas. Na realidade da Uber, o serviço se apresenta como “complementar” a outros mecanismos da malha viária, como ir e vir para uma estação de metrô, por exemplo.
“Em São Paulo, defendemos a necessidade de regulamentação. A Uber entra com camadas de segurança, dados, informações e tecnologia. Somos muito favoráveis. O caminho é regulamentar, salvar vidas e não proibir”, pontua.
Oferecer diferentes tipos de produtos no portfólio, conforme a diretora-geral, mostra, obviamente, a estratégia de ampliar a segmentação das ofertas. O foco é facilitar a experiência dos diferentes tipos de usuários.
Exemplo recente, do ano passado, foi o serviço para adolescentes, que conecta a utilização do aplicativo aos guardiões, permitindo que consigam acompanhar em tempo real as viagens. Outro, ainda mais nova, se voltou para usuários idosos, com interface mais simples.
“Um dos nossos grandes focos é trazer soluções segmentadas para termos o produto certo para as pessoas certas. Ou seja, segmentação focada em facilitar experiência, trazendo as camadas de segurança necessárias e pensando no contexto de toda a família”.
A incorporação de taxistas na plataforma – que sanou uma disputa complexa no início da popularização do transporte aplicativo no Brasil – também agregou segmentação, ressalta a diretora-geral. A mudança, para ela, foi natural, a partir do momento que ambas as categorias entenderam que cada solução respondia a um tipo de demanda.
Para o taxista, defende, a Uber acrescenta valor devido ao volume constante de solicitações, uma vez que “o custo do ativo parado é maior”, e, ainda, por conta do fornecimento de tecnologia e de segurança. “Do ponto de vista estratégico, globalmente, a nossa ambição é termos todos os táxis dentro da plataforma, porque cada modalidade trará um tipo de solução. Então, para ponto de mobilidade, do ponto A ao B, queremos ter uma solução dentro do aplicativo”.
Foi com essa mesma premissa que, no mês passado, a Uber e o Ifood anunciaram uma parceria que permitirá que usuários acessem os dois serviços em ambos os aplicativos. Silvia afirma que o processo de implementação está em pleno curso, com previsão de operar inteiramente ainda neste ano.
A parceria entre as duas companhias foi desenhada ao longo de um ano. “Esse é o grande ponto de valorização estratégica: ter mais volume e engajamento cruzado. Temos muitos pontos a serem explorados. Os programas de fidelidade continuam separados, mas continuamos discutindo sobre oportunidades em busca de mais benefícios para o usuário”, explica.
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