Ginástica da imaginação

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Opinião

Ginástica da imaginação

Além da indiscutível relevância para a economia global, o entretenimento tem papel social ainda maior, ao estimular a engrenagem que impulsiona a inovação


14 de outubro de 2019 - 11h54

(Crédito: Drante/ iStock)

De onde vem a inspiração? Não raro, as respostas apontam para livros, músicas, filmes, peças teatrais e obras de arte. O entretenimento é uma das melhores fontes de ideias criativas, numa equação complexa que, entre outros ingredientes, inclui educação formal e talento. Isso leva à constatação de que, além da indiscutível relevância para a economia global, onde movimenta recursos crescentes nas mais variadas frentes, dos blockbusters do cinema à música via streaming, o entretenimento tem um papel social ainda maior, como um dos principais combustíveis de estímulo à engrenagem que impulsiona a inovação — e acaba gerando mais e melhores produtos de entretenimento.

Esse é um ciclo virtuoso que atinge seu ápice em termos quantitativos. Nunca se produziu tanto entretenimento como agora, graças ao avanço tecnológico que agiliza os caminhos de distribuição, possibilita o infinito compartilhamento de narrativas e abre enormes possibilidades de interatividade e engajamento. Mas, ao mesmo tempo, impõe desafios de produção e curadoria, num contexto impactado por novos elementos, como os algoritmos e a inteligência artificial, e pelo ganho de poder e controle do consumidor — sob o ponto de vista dos negócios, o protagonista de toda a história.

Essa indústria é o tema do quarto capítulo da série Next, Now, com a qual Meio & Mensagem pretende analisar o comportamento dos consumidores e as tecnologias disponíveis para projetar a evolução futura de oito dos setores mais importantes da economia nacional. A série já tratou nas três primeiras semanas de varejo, imobiliário e finanças, e abordará nas próximas quatro edições os setores de carros, alimentação, higiene e beleza e, finalmente, telecomunicações. O conteúdo é multimídia, com presença na edição semanal, em podcasts (disponíveis nas plataformas Apple Podcasts, Deezer, Google Podcasts e Spotify) e no site nextnow.meioemensagem.com.br.

A reportagem especial sobre entretenimento, coordenada pela editora Bárbara Sacchitiello, aponta para um futuro no qual o big data orienta a concepção de conteúdos e os enredos têm múltiplos desdobramentos, alguns deles respondendo ao humor do público em tempo real.

Mas há obstáculos, como os de financiamento pelo investimento de anunciantes e de desembolso e tempo do público — as ideias são infinitas, mas o dinheiro não, assim como a atenção das pessoas, que continuam tendo de acomodar todas as suas atividades nas 24 horas do dia.

Uma das áreas mais efervescentes da indústria do entretenimento é a dos games e e-sports, que, desde a edição anterior, ganhou uma série específica de Meio & Mensagem, que engloba cinco capítulos nas edições semanais, quatro vídeos e uma plataforma digital.

Com previsão de ultrapassar US$ 1 bilhão em receita no ano de 2019, de acordo com a consultoria Newzoo, e ainda tido como mercado em consolidação, os jogos eletrônicos ganham adesão de marcas não endêmicas, dispostas a dialogar com novos públicos, como Coca-Cola, BMW, Omo, Visa, Mastercard e Banco do Brasil. É o que mostra o editor Luiz Gustavo Pacete  que aborda as ações customizadas de marketing demandadas pelos e-sports, que têm o desafio de entender esse peculiar território — complexo e pulverizado — e suas necessidades específicas, para não caírem no erro de parecerem oportunistas e fora de contexto.

Em outra reportagem da edição impressa veiculada nesta segunda-feira, 14, a repórter Roseani Rocha mostra a busca pela diversificação de receitas de publishers da mídia, que conseguem estender as comunidades formadas ao redor de suas marcas, ampliando a responsabilidade de sua curadoria para os licenciamentos, eventos e outras ações de experiência, além de novos produtos e formatos.

Esses três conteúdos comprovam a importância que o entretenimento ganhou na pauta de Meio & Mensagem, reflexo não só da relevância econômica do setor, mas também da dinâmica multiplataforma que atualmente norteia a nossa produção editorial.

*Crédito da foto no topo: Kipras Streimikis/Unsplash

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