Como o cérebro humana impacta as estratégias de marcas?
Wesley Barbosa, professor da Fundação Dom Cabral, aponta que estratégias de comunicação podem ensinar e engajar o cérebro do consumidor,

Wesley Barbosa, professor da Fundação Dom Cabral em Liderança Contemporânea e Neurociências da Performance (Crédito: Eduardo Lopes/Máquina da Foto)
No Maximídia 2025, Gustavo Silva, chief strategy officer (CSO) da NEOOH, convidou Wesley Barbosa, professor da Fundação Dom Cabral em Liderança Contemporânea e Neurociências da Performance, para apresentar o painel “Neuromarketing: o poder invisível da comunicação”.
O debate abordou a forma como o cérebro humano processa informações e como isso impacta as estratégias de publicidade.
Barbosa explicou que, para que a comunicação seja eficaz, publicitários precisam atuar como professores, criando conteúdos que não apenas informem, mas também eduquem e ensinem.
“O cérebro descarta o que não é relevante. Por isso, a estratégia deve fragmentar a mensagem, gerar retenção por meio da repetição e respeitar como o ser humano aprende”, disse.
O professor detalhou ainda a importância de criar estímulos que facilitem a memorização do que foi comunicado, destacando que a aprendizagem ocorre por meio da criação de mapas mentais e da ativação da plasticidade cerebral.
“Quando forçamos alguém a lembrar, estamos ajudando o cérebro a criar mapas de aprendizagem”, explicou.
O painel também discutiu a evolução da publicidade, desde a comunicação em massa das décadas passadas até a era atual, na qual redes sociais e plataformas digitais exigem estratégias voltadas à conversão e ao relacionamento contínuo com o público.
Segundo Barbosa, campanhas que respeitam o tempo e a forma como o consumidor aprende têm maior chance de gerar engajamento e resultados consistentes.
“Não se trata apenas de vender, mas de ensinar o cérebro a lembrar, compreender e se engajar com a sua marca”, completou.