Setor de live marketing pede socorro
Eventos com foco em geração de negócios (B2B) não geram aglomerações!
Eventos com foco em geração de negócios (B2B) não geram aglomerações!
Causa espanto um setor que gera mais de 160 mil empregos e mais de R$ 300 bilhões por ano em faturamento ser classificado como “gerador de aglomerações”! Os shoppings centers já possuem um protocolo específico e estão autorizados a funcionar. Em alguns shoppings centers, existe um fluxo de milhares de pessoas por dia. E estão cumprindo os protocolos – fluxo unidirecional, controle de temperatura etc.
O setor de live marketing estar pedindo equiparação com os shoppings centers não é um ponto fora da curva! São operações semelhantes do ponto de vista de gestão do fluxo de pessoas. Entradas e saídas distintas, controle numérico de quantas pessoas acessam o local em determinado período, incremento dos serviços de limpeza. Enfim, várias similaridades.
Os setores de eventos e turismo, com certeza, foram os mais fortemente atingidos pela crise que estamos passando e ambos vão precisar de apoio governamental para voltarem.
A principal pauta do setor de live marketing, neste momento, junto às esferas governamentais, não está relacionada a solicitações econômicas, como linhas de crédito, e sim a solicitações administrativas! O setor está pronto para a retomada. Quando será isso?
Já foram encaminhados (desde o início de junho) diversos protocolos com experiências internacionais e a expertise local, tanto para as esferas federal, estaduais e municipais. Mas não existe uma resposta positiva, infelizmente. Ainda prevalece a visão parcial que é um setor que “gera aglomerações”. Em um momento tão sensível da economia, é fundamental o entendimento mais amplo que as feiras de negócios e os eventos corporativos exercem como indutores de negócios.
As feiras são oportunidade de indústrias do setor metal mecânico venderem máquinas. As feiras são oportunidade de veterinários e donos de pet shop conhecerem as novidades. As feiras são oportunidade de hoteleiros conhecerem os equipamentos que usarão na reabertura dos seus negócios.
Eventos corporativos também são fortes indutores, pois são a interface da inovação das empresas. Novos produtos, novos serviços, novas parcerias… Evento é sempre novidade! Sem feiras e eventos, é fácil de se imaginar que existe uma letargia de ações nestas empresas. Precisamos preservar as vidas a todo custo. Isso é inquestionável.
Mas, partindo do pressuposto que infectologistas e epidemiologistas (a fonte primária de informações para as elaborações dos protocolos) estão certos, existem maneiras seguras do setor voltar a atuar: redução da capacidade nos eventos, mais custos em relação a infraestrutura a ser oferecida aos visitantes. Tudo para que exista a confiança de todos que a retomada das atividades do setor seja um claro indutor de negócios, e não um indutor de contágios. O setor de live marketing pede socorro!
Em nome dos profissionais de segurança e limpeza, dos carregadores, dos arquitetos que planejam estandes, dos marceneiros, das recepcionistas, dos garçons, dos gestores de locais de eventos, gestores de eventos, expositores em geral e, principalmente, em nome dos compradores ( target dos eventos e feiras) de todos os setores da economia, solicitamos que seja dada uma sinalização em relação à retomada do setor. Não podemos ficar em um “limbo”.
Somos mais de 160 mil pessoas que atuam no setor e podemos ajudar. Help!
*Crédito da foto no topo: Cassi Josh/ Unsplash
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