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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

Entrevista com o fundador da Open AI fica abaixo das expectativas

Greg Brockman, cofundador e presidente da Open AI, afirmou que podemos estar testemunhando o surgimento de uma nova internet e que todos os conteúdos na web serão afetados pela AI


11 de março de 2023 - 16h00

Entrevista com o fundador da Open AI

Laurie Segall, da Dot Dot Dot Media, e o cofundador e presidente da Open AI, Greg Brockman(Crédito: Thais Monteiro)

O que poderia ter sido o mais impactante e surpreendente conteúdo do SXSW este ano, a entrevista de Laurie Segall da Dot Dot Dot Media com o cofundador e presidente da Open AI, criadora do ChatGPT, Greg Brockman, acabou por ficar no meio do caminho. 

Evidentemente, tudo que uma pessoa com a relevância que Brockman tem hoje possa dizer, por mais simples que venha a ser, tem sempre uma aura de grande revelação e de grandes verdades futuras. 

No entanto e apesar desse inato interesse que todos temos nele e em sua empresa, a conversa foi essencialmente óbvia e as perguntas menos essenciais do que poderiam (e deveriam) vir a ser. 

O que saímos sabendo é que o ChatGPT e a tecnologia por trás dele vão ficar cada vez mais exponenciais. Mas essa é a natureza de qualquer inteligência artificial. Novidade nenhuma nisso. 

Perguntado sobre até onde ela poderia chegar, Brockman admitiu que não sabe ao certo, e aí era a hora de Segall ter engatado a pergunta sobre o fato desse tipo de tecnologia evoluir a partir de um momento de sua própria evolução, sem que humanos saibam exatamente aonde ela irá. Mas ela perdeu a deixa e preferiu perguntar coisas como se um futuro tipo Black Mirror poderá vir a ocorrer. Ora, pode. Mas não é essa a dúvida essencial.  

Brockman afirmou que a forma como programadores desenvolveram códigos até hoje será radicalmente transformada, atingindo patamares antes nem sonhados. 

Afirmou ainda que podemos estar testemunhando o surgimento de uma nova internet e que todos os conteúdos na web serão afetados pela AI que ele e seus engenheiros criaram. 

Comentou ainda que a dinâmica de aprendizado de sua tecnologia se fundamenta em prever qual o próximo passo a ser dado diante de qualquer problema ou desafio. E que é assim que a máquina aprende: prevendo seu próprio futuro. 

Ao final, entendemos o que também já sabíamos, que em toda tecnologia sempre haverá good and evil. Com o ChatGPT não é diferente e ele será usado para os fins que cada um de nós escolher e desejar. Para o bem ou para o mal. 

Laurie Segall foi correta. Greg Brockman foi inteligentemente polido. E nós ficamos algo como chupando o dedo. 

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