A nova liderança criativa
A liderança criativa volta a ter protagonismo. Não a liderança "gênia(o) criativa(o)” isolada, mas aquela colaborativa
A liderança criativa volta a ter protagonismo. Não a liderança "gênia(o) criativa(o)” isolada, mas aquela colaborativa
20 de junho de 2019 - 9h18
Nos painéis deste ano, muito se discutiu sobre a retomada do negócio por parte da liderança criativa. Afinal, a criatividade é o produto desta indústria.
Uma das palestras mais comentadas da semana foi a do Nick Law, que abordou justamente este assunto. Desde o motivo pelo qual criativos perderam espaço e porque precisam retomar.
Eventos do Google e do Facebook também tem trazido a tona esta abordagem. Ambos reconhecem que tecnologia por si só, sem a criatividade, é um commodity. Se bem que as vezes, ouve-se por aí que a criatividade também virou commodity.
Quando um CEO de uma grande empresa global, e uma das maiores marcas do mundo, defende a criatividade, há uma ponta de esperança. A criatividade com propósito. Foi isso o que fez Alan Jope, CEO da Unilever, na sua excelente palestra no Lumiére. Vale assistir pelo conteúdo e pela forma.
A liderança criativa volta a ter protagonismo. Não a liderança “gênia(o) criativa(o)” isolada, mas aquela colaborativa. Quem ocupa a posição de liderança criativa tem que ter a humildade de reconhecer que uma grande ideia pode vir de qualquer lugar, não só da sua cabeça ou de sua equipe de criação. Uma liderança criativa madura mais madura e consciente que as ideias precisam acontecer com a assertividade necessária para fazer a diferença no negócio e na vida das pessoas. Uma liderança que deixa claro que a criação é uma ciência tão complexa e mutante como é o uso de dados e tecnologia hoje em dia.
A liderança criativa do presente e do futuro é uma liderança generosa, que preza por compartilhar ideias e dar créditos a outras pessoas e não somente a si própria. Esse é um exercício mental que pode ser muito praticado nesta semana que acontece o festival de Cannes, onde a ânsia por reconhecimento está elevada a uma potência quase radioativa. E exposição a radioatividade por muito tempo, causa sérios problemas.
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