As indies em Cannes (e no mundo)
Cannes Lions 2025 reconhece a força criativa do Brasil e traz à tona o papel transformador das agências independentes, tema que vai guiar minha ida ao festival
Cannes Lions 2025 reconhece a força criativa do Brasil e traz à tona o papel transformador das agências independentes, tema que vai guiar minha ida ao festival
12 de junho de 2025 - 15h24
No próximo dia 15 de junho, pouso em Nice para participar do Cannes Lions, o maior festival da nossa indústria, ou da indústria da maioria dos leitores deste artigo.
No Palais des Festivals, onde há poucos dias dois brasileiros – Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho -, brilharam no Festival de Cinema, veremos o Brasil ser celebrado como Creative Country of the Year. O primeiro país a receber essa homenagem! Vai ter brasileiro fazendo a dancinha do Wagner Moura pelas ruas da cidade? Ah, vai! Sem dúvida.
Claro que estou animado para ver as palestras, os cases premiados e para encontrar e reencontrar colegas do mercado. Mas, acima de tudo, estou entusiasmado com o tema que vai guiar a minha presença por lá este ano: o poder das agências independentes como motor de transformação da indústria.
Serei moderador de uma sessão que vai discutir exatamente isso: por que e como as independentes estão redesenhando o jogo no Brasil. E no mundo. A escolha desse tema para o Festival não foi por acaso. A organização do Cannes Lions entendeu que, se o Brasil é o “País Criativo do Ano”, parte desse protagonismo vem justamente do talento e da coragem das agências indies.
Essa conversa sobre o cenário das indies não está só nos corredores do festival. Ela já ganhou voz em grandes publicações que vêm destacando como essas agências vem remodelando o panorama da criatividade com modelos mais ágeis, integrados e conectados à cultura.
E, como se não bastasse, quem também vai palestrar em Cannes é o Sir Martin Sorrell, o homem que construiu a maior holding do nosso setor e que, recentemente, tem feito críticas abertas a esse modelo. Eu, pessoalmente, estou bem curioso para ouvir o que ele vai dizer.
Será que ele engrossa o coro das independentes? Ou vai defender o modelo que ele mesmo ajudou a criar (mesmo que ultimamente tenha mais questionado do que apoiado)? Vai ser interessante ver como essa discussão se conecta com o painel que vou moderar.
No meu painel, estarei ao lado de Guilherme Jahara, fundador da Dark Kitchen Creatives, Luciana Haguiara, fundadora da Nation, e Felipe Silva, fundador da Gana e presidente do Círculo das Agências Independentes. Vamos tentar responder juntos, três grandes perguntas:
Se você estiver por lá, fica o convite: o painel acontece no The Forum, dia 19, às 14h15 no horário local.
No fim do dia, essa não é só uma história de negócios. É sobre o desejo de liberdade criativa, de diversidade de vozes e de proximidade com a cultura. Cannes Lions vai ser palco dessa conversa.
Mas, se depender do que já vemos acontecendo no Brasil, e do que vai ecoar nas falas de gente como Sorrell, essa conversa está só começando.
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