Criatividade é chão
Em Cannes, cada passo é parte da jornada criativa
Em Cannes, cada passo é parte da jornada criativa
18 de junho de 2025 - 11h51
Hoje meu smartwatch me parabenizou: “Parabéns! Você alcançou 10.000 passos.”
Não por coincidência, isso aconteceu aqui em Cannes, onde se anda muito. Do hotel ao Palais. Das peças expostas às filas. Das premiações às reuniões. Das palestras às festas.
Durante o Cannes Lions, a Croisette vira uma maratona. E talvez esse seja mesmo o paralelo mais verdadeiro.
Porque, pensando bem, criar com excelência também é isso: uma jornada. É errar a rua. Voltar. Insistir. É recusar o caminho mais curto e escolher o mais original.
É refazer, refinar, defender. Porque a ideia quando nasce, não anda só. Ela se perde. Criatividade não vem de atalho. Não vem de prompt pronto. Vem de processo. De percurso.
Não se pega um táxi até um Grand Prix. Se houvesse, estaria lotado. Mas o que Cannes ensina, dia após dia, Leão após Leão, é que cada passo conta.
Do briefing difícil ao “não tenho verba”. Do “não vai rolar” ao “vamos tentar de outro jeito”. A criatividade, como a caminhada, exige resiliência. E foi isso que fizeram e continuam fazendo brilhantemente as agências brasileiras este ano.
Com três Grand Prix (até o momento), para Africa Creative, Artplan e Gut, além de dezenas de Leões conquistados, mostramos ao mundo que seguimos. Com consistência. Com coragem.
Washington Olivetto, que está ali — gigante como sempre foi — no Palais, foi quem abriu caminho. Quando o Brasil ainda nem imaginava ser homenageado, ele já estava lá, apontando direção com talento e ousadia.
Vieram depois Nizan, Fábio Fernandes, Marcello Serpa e tantos outros criativos brilhantes, que seguiram dando passos firmes e inspirando toda uma geração a continuar caminhando.
Criatividade é isso. É chão.
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