24 de junho de 2021 - 9h59
O mundo do home office me trouxe a oportunidade de, em 10 anos de publicidade, participar pela primeira vez de Cannes. E é claro que a ideia foi absorver ao máximo todo o conteúdo disponibilizado.
Mas um me chamou atenção. Chamou tanta atenção que eu já assisti três vezes. E acho que vou assistir mais. O conteúdo, no caso, é o da Goodby Silverstein & Partners, junto da empresa Frito-Lay. Ele traz uma concepção única sobre inovação em um mercado que nem precisaria ser tão inovador assim.
A inovação traz um frescor para a marca. Ser o primeiro a fazer tem sempre o seu risco – vai dar certo ou não? -, mas você só vai saber se realmente tentar. O fato que chama atenção no case é que a inovação ali não é simplesmente pela necessidade de inovar. Tem contexto, tem comunicação com o público, tem o timing correto e, dessa maneira, tem a inovação, criando um buzz imensurável.
Tudo isso se relaciona com a cultura. Você precisa viver no momento para conseguir ser inovador. A imersão no consumidor é o que permite isso. Sem todo esse background, você só vai ser o primeiro marca a fazer algo. Mas esse algo não será lembrado por muito tempo e nem irá gerar resultados para o cliente.
E, como em qualquer outra campanha, o resultado é importante. É ele que vai possibilitar a você ser cada vez mais inovador. É com esse retorno do investimento e da inovação que você tem o poder de ser cada vez mais pioneiro, criativo e ter essa possibilidade com o cliente.
O cliente também é outro ponto importante para a cultura do first. Ele precisa estar aberto a criar uma tendência, a ser o pioneiro, e ele precisa cocriar com a agência para realmente construir com impacto suficiente para ser inovador.
É claro que falar sobre inovação, criar coisas novas, parece ser um mundo distante do criativo. Porém, a inovação não precisa ser algo complexo. A inovação depende do momento da marca, do target ao qual ela responde, da cultura em que está inserida.
A inovação não é e nem deve ser algo inatingível. Ela precisa estar presente no nosso dia a dia. Precisamos estar abertos a ela e não brecar as ideias pelo medo da não aprovação. Até porque, se você não inovar, o concorrente vai inovar. E, neste ponto, entramos na discussão do título deste artigo: é inovação ou morte?
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