Um novo festival, de novo
O evento se transforma ano após ano: para melhor e para pior
O evento se transforma ano após ano: para melhor e para pior
13 de junho de 2018 - 9h15
A primeira vez que fui a Cannes foi como Young Creative, no longínquo ano de 2000. Nessa época o festival ainda era de publicidade, o maior dos teatros lotava ainda no long list de filme e, pelo pouco que me lembro (desculpem, é a idade), não havia palestras nem workshops. De lá para cá, vi o festival se transformar ano após ano: para melhor e para pior. Para pior, porque ficou claro a ganância dos organizadores em ganhar o máximo de dinheiro com zilhões de categorias e a ganância das agências em levar o máximo de leões inscrevendo a mesma campanha em zilhões de categorias.
Mas Cannes também mudou para melhor. Muito melhor. Ir a Cannes passou a abrir nossa cabeça não só para a criatividade na publicidade, mas também na música, tecnologia, artes plásticas, literatura. Mais que um anuário “ao vivo” dos melhores filmes e anúncios do ano, Cannes passou a trazer uma explosão diária de conhecimento, referências, palestras memoráveis e campanhas inesquecíveis. Sem falar que começou a ter cerveja grátis.
Porém junto com tudo isso, vieram as palestras desnecessárias, as campanhas duvidosas e o desgaste de muitos dias de festival. Por isso vejo com muita esperança essa nova transformação, esse recomeço. Vamos ver se eles escolheram o caminho certo. Está parecendo que sim.
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