Comunicação

BR Media Group tem nova estrutura de lideranças

Movimento torna operação mais ágil, estratégica e orientada para escala em meio ao crescimento e aos planos de expansão

i 18 de novembro de 2025 - 9h07

A partir de janeiro do próximo ano, a BR Media Group terá nova configuração de lideranças.

Thiago Bispo, vice-presidente de negócios da BR Media, assumirá a presidência da BR Media, enquanto o cofundador e atual CEO, Celso Ribeiro, passará a responder por executive chairman. Já o cofundador Danilo Basso será talent partnerships & board member, e Raphael Vignola, que ocupa a cadeira de VP comercial, será o novo presidente do Grupo Farol.

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Da esquerda para a direita: Celso Ribeiro, Raphael Vignola, Thiago Bispo e Danilo Basso (Crédito: Divulgação)

A nova estrutura deverá tornar a operação mais ágil, estratégica e orientada para a escala, tendência que os executivos enxergam para o mercado de influência. Além disso, reforça o compromisso com o desenvolvimento interno de talentos — entre colaboradores e creators — e com uma liderança alinhada ao novo momento da companhia, que se prepara para inaugurar operação na América Latina.

A reestruturação decorre do crescimento de mais de 60% na receita neste ano, mais do que o previsto para 2025, segundo Ribeiro. Na nova função, o fundador sai do dia a dia da operação e se dedica à função mais estratégica, voltada para a identificação de novos negócios na creator economy e parcerias dentro do ecossistema, por exemplo.

O novo executive chairman atribui o crescimento à um movimento de profissionalização iniciado em 2023, estruturando C-level e investindo em dados e ferramentas. “Como a indústria de marketing de influência ficou cada vez mais profissional, o investimento sobe muito. As pessoas que hoje controlam os budgets dos anunciantes procuram por empresas sólidas que dão esse respaldo e segurança”, diz.

Hoje, a carteira de clientes da companhia conta com marcas como Unilever, Nestlé, Honda, Ambev, PepsiCo, TikTok, entre outros.

A aquisição pelo Publicis Groupe em fevereiro, argumenta Ribeiro, veio muito do movimento de estruturação no pré venda. Apesar do acordo com a holding ter influenciado no crescimento de faturamento, a BR Media Group segue trabalhando com a indústria de maneira geral.

Thiago Bispo corrobora a consolidação de um ecossistema integrado — entre BR Media, Grupo Farol e MIS, plataforma de micro e nano influenciadores. O ganho de escala em serviço e oferta amplia e aprofunda a relação com grandes anunciantes, além de aumentar o pipeline de creators e talentos.

“Conseguimos ter uma governança mais robusta. Hoje, temos uma atuação junto aos nossos executivos, já construídos e direcionados para atuarem por verticais”, diz. “A BR Media e o Grupo Farol conseguiram ter um aumento de escopo e uma maturidade que nos permite ter um tamanho, importância e relevância muito maior junto aos clientes”.

O atual momento do marketing de influência

Nos últimos anos, a indústria de publicidade global vem assistindo a uma mobilização intensa diante da ascensão do marketing de influência. Aquisições, como da BR Media Group e da Influential pelo Publicis, e o lançamento de operações dedicadas à vertente, como Content Studios, hub da WMcCann com foco em social e creators, em linha com o movimento global do McCann Worldgroup, moldam um mercado aquecido, mas não saturado.

De acordo com Ribeiro, o crescimento da empresa é uma prova de que não há saturação, mas, sim, profissionalização. “O mercado tem os dois ou três maiores players, que estão crescendo de uma maneira considerável. Os players menores estão andando de lado ou reduzindo de tamanho”, defende.

O fomento do mercado se justifica também pelos hábitos de consumo de mídias sociais, aponta Bispo. “A comunicação como um todo precisa integrar dados e tecnologia, mas também cultura. O assunto influenciador e creator está na mesa do CMO por uma relevância financeira e institucional”, comenta.

A oitava edição da pesquisa ROI & Influência 2025, desenvolvida pela YouPix em parceria com a Nielsen divulgada em agosto, mostra que entre as empresas que já investem mais de R$ 1,5 milhão por ano no marketing de influência, 65% pretendiam ampliar verbas nesse segmento, enquanto 12% das marcas já investiam mais de R$ 5 milhões anuais — 6% a mais do que o registrado no ano passado.

Os desafios, segundo os executivos, permanecem concentrados em mensuração. A indústria precisa melhorar as métricas que abracem mídia e métricas de alcance, bem como a construção de estratégias que garantam frequência, dizem.

Estruturação para o futuro

E o desafio de escala se estende além das fronteiras do Brasil. Marcas com operações regionais demandam ajuda para atuação em outros países da América Latina, dada a falta de players estabelecidos para atendê-los na região.

Neste mês, a BR Media Group desembarca no México e na Colômbia por meio de modelos híbridos entre operação própria e a parceria com o Publicis Groupe – que também deverá ser crucial para a estratégia de avançar em hubs na América Latina de forma geral em 2026.

“Pelo que conversamos com o Grupo, existem oportunidades também além do mercado de Latam”, indica Ribeiro, salientando planos de expansão também com clientes globais. “Estamos construindo muita coisa juntos que vai gerar valor, muito provavelmente para 2026”.

Localmente, seguem com a missão de dar escala às estratégias das marcas, inovando em produtos de mídia e, principalmente, no desenvolvimento de uma plataforma que ofereça resultados garantidos e seguros para os anunciantes. Além disso, miram na integração de operações do grupo para entregar uma oferta única aos clientes globalmente.