Live shopping: o que é, como funciona e porque fazer?
Executivas da Mimo Live Sales falam sobre os objetivos de live shopping e como a ferramenta pode ser usada pelas marcas
Live shopping: o que é, como funciona e porque fazer?
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Carolina Huertas
19 de outubro de 2022 - 6h00
Segundo dados da Research and Markets, as lives shoppings devem de gerar US$ 600 bilhões em todo o mundo até 2027. Também conhecida como live commerce, a estratégia de divulgar e vender produtos através de vídeos ao vivo surgiu na China em 2014 e se popularizou em 2017. A ideia da ação é aproximar os consumidores da marca, tornando a compra pelo e-commerce mais intimista e trazendo a oportunidade de conhecer melhor o público. Durante a transmissão, os clientes podem ver os produtos, interagir no chat, tirar dúvidas, colocar itens no carrinho, garantir descontos e mais.
O live shopping vem evoluindo ao longo dos anos e se expandindo pelo mercado. Em janeiro deste ano, o Magazine Luiza incluiu pela primeira vez o live shopping em sua Liquidação Fantástica. Apesar de ter sido a 29ª edição do evento, que já inclui o live streaming desde 2014, neste ano foi a primeira vez que os consumidores poderiam comprar sem sair das redes sociais. A despeito de a estratégia ter ser se popularizado no varejo de moda e beleza, é adotado por diferentes segmentos, passando até mesmo pelo automotivo e incorporadoras.
Monique Lima, cofundadora e CEO da Mimo Live Sales, afirma que o live commerce é visto como escalador de vendas digital. Na ação, Monique aponta que é possível reunir muitas pessoas, em curto espaço de tempo e com senso de oportunidade muito grande. “Para o consumidor, é oportunidade de garantir o item em condição melhor, além de conseguir comprar de dentro da loja como se estivesse lá, mas direto do celular. Para a marca, é a venda em escala. Em uma única hora, você coloca mil, cem mil pessoas numa live. Imagina isso em uma loja?”, ressalta.
A executiva comenta que a live shopping é a melhor forma de humanizar o e-commerce. Segundo dados da Wyzowl, 96% dos usuários assistem um vídeo de explicação para entender melhor sobre um produto ou serviço, 84% dizem que se sentem convencidos a comprar um produto após assistir vídeo da marca e 66% afirmam que preferem se informar sobre produto por meio de vídeo. Diante disso, o vídeo ao vivo se apresenta como oportunidade de troca de informações entre o cliente e o vendedor. “Que perguntas que meu consumidor está fazendo no chat? É um feedback ao vivo. Se muitas pessoas estiverem perguntando sobre o forro de uma roupa, é um insight para que eu comunique melhor sobre isso no e-commerce”, exemplificaMonique.
Para executar uma transmissão de live shopping, Monica diz que é preciso apenas de um aparelho, como um celular, para gravar, e acesso à internet para transmitir. Não é necessária super produção, diz Monique, pois o modelo cresceu com o visual natural, mas essa também é uma possibilidade. A ação pode ser feita pelas redes sociais da marca, YouTube ou pelo site do próprio varejista. Para enriquecer a experiência e coletar diferentes dados, algumas empresas oferecem o auxílio de plataformas específicas para live.
Etienne Du Jardin, também cofundadora e CPO da Mimo Live Sales, diz que a empresa trabalha com tecnologia SaaS (software como serviço) que roda no site ou aplicativo das marcas. A empresa tem, ainda, área de customer experience, que ajuda o cliente no onboarding e na parte de suporte técnico, e a área de customer sucess, que ajuda os clientes a roterizar a live, escolher influenciador, fazer planejamento e com que o ROI seja positivo.
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