CMO Growth Council publica agenda de trabalho
Liderados por Marc Pritchard, da P&G, CMOs falaram sobre seu primeiro encontro em Cannes
CMO Growth Council publica agenda de trabalho
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Roseani Rocha
21 de junho de 2018 - 15h10
Em abril deste ano, a Associação Nacional de Anunciantes dos Estados Unidos (ANA) e a organização do Cannes Lions anunciaram a criação do CMO Growth Council. Naquele momento, a nova entidade foi definida como um grupo inicial de 20 CMOs das maiores empresas do mundo, presidido por Marc Pritchard, Chief Brand Officer da P&G e chairman da ANA, com a função de representar uma agenda coletiva e uma voz unificada dessa comunidade de líderes globais de marketing.
Nesta 5ª-feira, 21, no Cannes Lions, alguns desses líderes comentaram seu primeiro encontro oficial na Riviera Francesa, do qual participaram 23 CMOs, e a agenda que veio da reunião de duas horas que tiveram. Recepcionados por Bob Liodice (CEO da ANA) estiveram no palco: Alicia Hatch (CMO da Deloitte Digital), Mathilde Delhoume (global brand officer da LVMH), Antonio Lucio (CMO da HP), Seng Yee Lau (vice-presidente executivo e chairman da Tencent) e Marc Pritchard.
O grupo divulgou uma agenda de trabalho para o próximo ano com foco em: tecnologia e dados; talentos; inovação em construção de marca & experiências; customer centricity; e responsabilidade social / sustentabilidade ambiental.
“Há disrupção em todas as áreas e a forma como podemos combater isso é ser disruptivos também”, afirmou Marc Pritchard. Segundo o CBO da P&G, cabe aos líderes fazer as coisas acontecerem nos diferentes segmentos ali representados: varejo, e-commerce, bens de consumo, luxo, consultorias entre outros. O executivo lembrou que crescimento e valor criativo não são excludentes, ao contrário, devem caminhar juntos para negócios sustentáveis. Também bastante focado na agenda social, Pritchard reforçou o quanto a equidade de gênero pode estimular o crescimento das empresas, assim como o fato de a construção de marca e experiências ser cada vez mais importante para superar silos. Finalmente, ressaltou Pritchard, tecnologia e dados são outra área de maior atenção das empresas e seus planos de crescimento, por estarem interferindo em todas as esferas do mercado e até no tipo de talentos que hoje é preciso desenvolver.
Seng Yee Lau, da Tencent, disse sentir-se honrado por fazer parte desse movimento e lembrou que o país está se tornando case na questão da digitalização, a julgar pela forma como seus millenials já levam uma vida online e formam uma sociedade digital. Ele aconselhou que não apenas os CMOs, mas as entidades ligadas aos profissionais de marketing se juntem ao movimento.
Representando o mundo das marcas de luxo, Mathilde Delhoume mostrou que, no fundo, as preocupações são semelhantes às de outras marcas. “Não focamos em crescimento de curto prazo, a questão será sempre equilibrar o curto e o longo prazos e envolver o ser humano, fator que existe mesmo nos negócios b2b”, pontuou Mathilde. A executiva convocou os CMOs a honrar o passado e o DNA de suas marcas. E o futuro? Para ela está no brand experience e, no que diz respeito ao varejo, ele não está morto, mas precisa ser reinventado e fazer os produtos mais “experienciais”.
Conhecido como um dos CMOs mais passionais, Antonio Lucio, concordou com a executiva do LVMH e defendeu que tudo que a tecnologia fizer de melhor poderá ser usado pela indústria em prol de experiências superiores. Já a executiva da deloitte afirmou não haver um tempo tão desafiador e interessante para ser um CMO como o atual. “É fascinante! E o papel do CMO nunca foi tao estratégico”, afirmou. Para Alicia, na questão da tecnologia, é preciso fazer com que os dados fluam em favor da criatividade e do negócio, criando conexões com os clientes.
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