Diário de Cannes

Big idea. Not very big complicated idea.

Reparou o que todas essas ideias têm em comum? Todas, absolutamente todas, têm um conceito muito simples, mas ao mesmo tempo arrebatador

Marcello Droopy

Diretor de criação da Talent Marcel 22 de junho de 2017 - 15h34

Isso não é um texto, é um conselho para quem está começando e um lembrete para quem já tem alguns anos de carreira, como este young old creative que vos escreve. Faça uma lista das melhores ideias – na sua opinião e na do júri – que estão ganhando em 2017 aqui em Cannes. Posso tentar te acompanhar? Vamos lá: Fearless Girl, Meet Graham, The Air Ink, Unlimited Stadium, Braille Bricks, The Cliché, T-mobile Magenta, Door of Thrones, The Safest Route App, The Go Outside Edition e por aí vai.

Veja só, de propósito, citei exemplos que ganharam Leões de ouro, prata, ou bronze em diversas categorias, com formatos, estilos e usos de várias disciplinas diferentes: do clássico craft ao quem-conhece-alguém-que-sabe-fazer-isso-mesmo coding.

Reparou o que todas essas ideias têm em comum? Todas, absolutamente todas, têm um conceito muito simples, mas ao mesmo tempo arrebatador. Um conceito que é o cerne da ideia e que responde imediatamente a nossa razão e emoção. Porque uma coisa é uma profunda pesquisa, um estudo de campo, ou até o projeto de um app, que podem e, muitas vezes, precisam ser complexos justamente para gerarem um insight, uma solução, uma resposta.

Outra coisa é uma ótima ideia: essa deve ser sucinta, direta, sniper. Então, pessoal, vamos combinar o seguinte: na próxima reunião em que alguém precisar de 12 telas numa apresentação em ppt. para explicar algo “revolucionário”, é melhor levantar a mão e perguntar qual é mesmo a ideia.

Senão pode sobrar para você a missão de transformar aquilo ali – seja lá o que for – em algo bacana. E aí, não tem virada de noite ou fim de semana que resolva.