Lions Entertainment #agoravai
Apesar desta ser a 64ª edição do festival, mudanças e novidades dão o ar de
Apesar desta ser a 64ª edição do festival, mudanças e novidades dão o ar de
9 de junho de 2017 - 11h24
O cenário é familiar. A data, a mesma do ano passado. O contexto, ultra agradável. A turma, cada vez melhor (com a presença crescente de clientes). Comida e bebida, “s’il vous plait”. No entanto, apesar de tantas referências conhecidas, algo – em particular – me faz olhar para o Festival desse ano, com ares de “primeira vez”.
Para quem participa e acompanha a maturação da indústria do “conteúdo de marca” (ou qualquer outro sinônimo hipster que possa denominar a boa prática de marcas serem fonte sobre seus universos narrativos), sabe que o Lions Entertainment, festival “paralelo” dedicado exclusivamente a essa vertente, está apenas engatinhando. Enquanto o festival de publicidade/criatividade adentra a terceira idade, comemorando sua sexagésima quarta edição, estamos apenas em nossa segunda edição!
Desde 2007, quando Cannes convidou, pela primeira vez, representantes dessa então “nova“ linha de trabalho para o “Cannes Lions Content Showcase”, a discussão ao redor da nossa filosofia, prática e modelo foi bastante intensa. Ao longo destes dez anos, “Branded Content“ passou de esporte exibição a festival. No meio disso, virou workshop, palestra, tema, sub-categoria e até leão (extinto em 2015, quando fui o último jurado brasileiro dessa categoria).
O fato novo e clara demonstração de amadurecimento da nossa indústria é que pela primeira vez, as denominações “content” e/ou “entertainment” aparecem na maioria dos cargos e títulos dos jurados. Pela primeira vez, ou esse jurado trabalha em uma empresa especializada, ou dirige um núcleo dedicado ao conteúdo de marca em sua empresa. Dá pra dizer que “pela primeira vez” (de novo), teremos – diferentemente dos anos anteriores – um time essencialmente “do ramo” julgando os trabalhos e definindo os parâmetros do que é bom, no amplo espectro do conteúdo de marca.
Aliás, teremos um júri com uma presença canarinho sem precedentes. A começar pela presidência do inigualável PJ Pereira, a escalação do multi-talentoso Marcelo Pascoa e de Ricardo Dias. Três brazucas, da melhor qualidade, que hoje ocupam posições de destaque fora do Brasil (sinal dos tempos).
A evolução desta disciplina se reflete não apenas na qualidade do júri, mas nos temas e no time escalado para os dois dias de palestras e debates. É muito gratificante perceber o movimento global de especialização e o fortalecimento das crenças e práticas do conteúdo de marca.
Confesso que diversas vezes, desde 2007, quando fomos convidados e participamos do tal “content showcase”, senti que estava no festival errado… Finalmente, uma década depois da minha “primeira vez “em Cannes, faço as malas com outro ânimo. Embarco com a expectativa de critérios mais pertinentes, discussões mais relevantes e a nítida sensação de estar indo para o festival certo J (até que enfim).
Compartilhe
Veja também