Na sala com Netflix e Shonda Rhimes
Fundadora da Shondaland e showrunner de títulos da Netflix como Bridgerton e Inventing Anna deixou seus recados em encontro com jornalistas
Fundadora da Shondaland e showrunner de títulos da Netflix como Bridgerton e Inventing Anna deixou seus recados em encontro com jornalistas
18 de junho de 2025 - 18h05
Hoje tive a oportunidade de começar o dia em Cannes participando de um encontro com Shonda Rhimes, a criadora de séries icônicas como Grey’s Anatomy e Bridgerton – esta última, junto com a Netflix.
Em Cannes para uma série de palestras, hoje pela manhã ela esteve com Marian Lee, CMO global da Netflix, falando com um grupo de jornalistas e deixou recados, a partir dos quais destaco 3 insights:
Ao ser questionada sobre como olha para o movimento de engajamento com fandoms (um tema caro à Netflix e que foi tema recente de uma pesquisa sobre seu poder de conexão), Shonda reforçou que entende ser mais uma questão de criação de comunidades e, portanto, de estimular senso de pertencimento por uma paixão em comum dos fãs.
Aqui, um lembrete para marcas e agências sobre como muito do nosso trabalho bebe dessa necessidade de conexão e que a forma de fazer isso é bem distinta quanto mais avançamos para uma realidade pós-redes sociais.
Então como chegar nesse lugar da conexão genuína?
A pista de Shonda é tão simples quanto desafiadora: narrativas universais sensíveis o suficiente para que pessoas de diferentes partes e contextos consigam se conectar. “Se fazemos isso certo, não importa de onde você vem, você vai se identificar com alguma parte do conteúdo”, disse.
E, para encerrar, era preciso falar do tema da Croisette, do Palais e de 10 de 10 encontros nas ativações pela cidade: e a IA, hein?
Shonda foi categórica: certamente já serve para automatização e ganho de produtividade com tarefas mais operacionais — mas que não se vê nessa posição de contar com IA para validar sua visão de como contar uma história.
“Criativamente (na Shondaland) não estamos usando. Eu ainda não estou lá, e não me interesso em perguntar para a IA como eu deveria contar uma história. Neste momento, para mim, a criatividade humana é o principal elemento para storytelling.”
Uma visão clara, mas que não dá conta de tudo que (já) está acontecendo no dia a dia de agências e grandes corporações, e que certamente percorrerá discussões de ponta a ponta — não só em Cannes, mas do mundo todo, ainda por um bom tempo.
Por hoje, já me dei por satisfeito de estar diante de uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo.
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