No GP de DM9 e Consul, energia vira moeda de financiamento

“Consumo eficiente de energia”, da DM9 para Consul, é escolhido pelo júri de Creative Data como vencedor do Grand Prix (Crédito: Divulgação)

Apesar de ser uma marca presente na casa dos brasileiros por mais de 70 anos, a Consul, marca da Whirlpool, constatou que 65% das famílias de baixa renda utilizam eletrodomésticos com mais de 25 anos, o que aumenta as contas de eletricidade em 160%.

Então, em vez de fazer uma campanha encorajando as pessoas a comprar itens que não poderiam pagar, a marca resolveu entregar a elas versões atualizadas dos produtos e transformar a economia de energia em financiamento. Os consumidores receberam geladeiras, microondas e máquinas de lavar novos em casa para testá-los durante um mês, com os valores de redução nas contas de consumo de energia se revertendo em parcela pelo pagamento dos produtos.

Essa ideia, aliada à inteligência de dados, é, na visão de Pipo Calazans, CEO da DM9, o ponto que faz a campanha se destacar.

“Acreditamos que o fator decisivo para o Grand Prix foi a união entre propósito e execução com impacto mensurável. A solução foi ao mesmo tempo inclusiva, escalável e eficaz”, afirma.

O publicitário considera que a categoria de Creative Data hoje é uma das mais relevantes do festival, pois reconhece um tipo de criatividade relativamente nova, que é aquela que nasce dos dados, mas não fica restrita aos dashboards. “É onde dados viram soluções, produtos, serviços e não apenas relatórios ou segmentações”, diz.

O júri comandado por Tina Allan, global chief data and intelligence officer da FCB, considerou que o trabalho soube fazer uso inteligente de dados para gerar impacto social e, ao mesmo tempo, resultados para a marca – que afirma ter obtido 12% de aumento nas vendas e ajudado as famílias beneficiadas a reduzirem suas contas de luz em 48%.

“O vencedor do Grand Prix estabeleceu um novo padrão de como os dados podem impulsionar inovação e impacto significativo. Ao tornar os dados visíveis, acionáveis ​​e centrados no ser humano, este trabalho mostrou o que é possível quando os dados atendem pessoas reais. Redefiniu nossa forma de pensar sobre financiamento e provou que dados criativos podem ajudar as marcas a se tornarem verdadeiras parceiras na solução de desafios do mundo real – para comunidades, empresas e muito mais”, elogiou Tina Allan.

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