(Re)engajamento de DE&I: dispensa do medo e disposição ao aprendizado

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Evento ProXXIma

(Re)engajamento de DE&I: dispensa do medo e disposição ao aprendizado

Luciana Lancerotti, designer de impacto e gestora de soluções, e Paulo Rogério, cofundador do Vale do Dendé e consultor na Casé Fala, destrincham estratégias para o resgate do engajamento com a diversidade e inclusão


4 de junho de 2024 - 18h10

Puxada por um diálogo global sobre injustiças sociais — derivado de uma série de acontecimentos, como a morte de George Floyd — a agenda de diversidade e inclusão teve uma alta durante um período. Apesar disso, o mercado vem assistindo a um retrocesso e, para freá-lo, é preciso dois ingredientes principais: o abandono do medo e a disposição ao aprendizado.

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Painel do ProXXIma contou com Luciana Lancerotti, designer de impacto e gestora de soluções, e Paulo Rogério, cofundador do Vale do Dendé e consultor na Casé Fala, mediado por Gabriela Rodrigues, vice-Presidente de Impacto da Soko (Créditos: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

De acordo com dados da Forrester, o percentual de empresas que financiam estratégias de contratação e projetos relacionados à pauta vêm caindo a taxas relevantes. “Essa diminuição acontece porque as pessoas não entenderam ainda a força da diversidade”, justificou Paulo Rogério, cofundador do Vale do Dendé e consultor na Casé Fala.

Em sua jornada enquanto executiva, ao longo de mais de 30 anos no mercado de trabalho, Luciana Lancerotti, designer de impacto e gestora de soluções, citou o receio como um dos maiores erros corporativos relacionados ao ESG: “O medo da cobrança e de errar era sempre tão grande que a gente deixava de fazer”, lembrou.

Por sua vez, Rogério classificou “inovação” e “medo” como palavras opostas. Ele apontou também que, muitas vezes, em um local corporativo, há um medo de desagradar CEOs e colegas, enquanto não há o mesmo olhar para situações drásticas da atualidade, como a que está acontecendo no Rio Grande do Sul.

O que as lideranças podem fazer?

Líderes e gestores podem – e devem – errar quando se trata da agenda ESG. “O erro é valorizado. Infelizmente, no Brasil, temos uma ideia muito conservadora sobre o erro, e ele faz parte do processo de inovação”, declarou Rogério.

As posições devem ser usadas para causar a mudança em DE&I, seja com o orçamento da área e até mesmo contratação de equipe e fornecedores saindo do escopo do departamento de recursos humanos. Os especialistas citaram oportunidades em negócios para áreas como pesquisa e desenvolvimento e até mesmo o marketing.

“Ao não apostar em diversidade e inclusão, as empresas perdem em inovação e capacidade de entender oportunidades que muitas vezes não são mapeadas, porque vêm de monolíticos e monocromáticos”, disse o onsultor na Casé Fala.

Mesmo que o foco seja o fomento da diversidade e inclusão, Luciana alerta que não há desmembramento entre que é gestão, governança, social e ambiental: “Elas andam juntas a todo momento, sempre”.

Frente às turbulências que o mundo e sociedade vivem atualmente, é preciso ainda fomentar a prática do aprendizado e escuta ativa, efetivamente saindo do lugar de uma espécie de arrogância e descendo para o nível de diálogo “olho no olho” com um público mais inclusivo, como como consultores, pensadores, movimentos sociais etc.

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