Muito além do conflito de gerações: o que realmente nos conecta

23 de junho de 2025 - 14h46

Por muito tempo, rótulos geracionais como “Millennials” ou “Geração Z” têm sido um pilar nas estratégias de marketing.

Essas divisões não apenas moldaram as tendências de publicidade, mas também alimentaram discussões extensas sobre como as identidades dos consumidores são verdadeiramente formadas. No entanto, devemos perguntar: ainda são a maneira mais eficaz de entender seu público?

A verdade é que as pessoas são definidas não pelo seu ano de nascimento, mas pelos seus interesses, crenças e experiências.

A pesquisa “Muito Além do Conflito de Gerações: as novas regras para a conexão com o consumidor”, conduzida pela Amazon Ads e Strat7 Crowd.DNA e lançada no Festival Cannes Lions, revela uma percepção convincente: valores compartilhados, comunidades e comportamentos forjam conexões de público muito mais fortes do que meros rótulos geracionais.

Essas descobertas iluminam um novo caminho para as marcas que visam construir relacionamentos mais significativos e eficazes com os consumidores.

Em vez de segmentar por geração, o foco deve mudar para como valores humanos atemporais, como saúde, relacionamentos e crescimento pessoal, podem informar a conexão de uma marca com pessoas de todas as idades. Afinal, quase 3 em cada 4 consumidores acreditam que seus interesses, paixões e hobbies os definem mais do que sua idade.

Um excelente exemplo dessa dinâmica é o engajamento das pessoas com entretenimento e mídia. Essas experiências compartilhadas unem públicos de todas as gerações, criando momentos culturais coletivos que influenciam profundamente como as pessoas descobrem e interagem com as marcas.

Mais de 80% dos entrevistados indicam que suas atividades de entretenimento e mídia são influenciadas por suas comunidades presenciais e online. Mídias como TV, filmes e podcasts não apenas entretêm; elas refletem valores, oferecem um alívio de rotinas cada vez mais ocupadas e proporcionam inúmeras oportunidades para se conectar por interesses compartilhados.

Essas conexões são inestimáveis tanto para consumidores quanto para anunciantes. Públicos que se engajam regularmente em uma atividade tão simples quanto assistir TV já são 1,4 vezes mais unificados em comparação com públicos que meramente compartilham uma faixa de anos de nascimento.

Marcas que compreendem isso estão encontrando maneiras inovadoras de transformar essas experiências de visualização compartilhadas em conexões significativas. Insights comportamentais como esses, em vez de suposições demográficas simplistas, podem realmente guiar as marcas a construir relacionamentos genuínos, aparecendo para os públicos certos no momento certo.

Valores e comunidades compartilhados também inspiram uma narrativa criativa mais autêntica. Através de conteúdo de vídeo premium, experiências de áudio imersivas e conexões lideradas por criadores, as marcas podem forjar laços mais fortes com públicos que realmente ressoam com sua mensagem.

É crucial que qualquer nova abordagem ou estratégia para alcançar públicos evite perpetuar a mentalidade de “encaixotar as pessoas” que se tornou sinônimo de segmentação por idade e outras formas de segmentação demográfica.

Com um profundo entendimento de seus clientes e públicos-alvo, é possível adaptar as mensagens da marca às suas paixões, desenvolver criatividade que se integre perfeitamente às suas experiências de entretenimento e alcançá-los nos espaços que realmente lhes importam.