Marcas e agências se comprometem a tornar publicidade verde até 2030
Executivos do mercado publicitário sobem ao palco no Cannes Lions 2022 em compromisso com o meio ambiente
Marcas e agências se comprometem a tornar publicidade verde até 2030
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Thaís Monteiro
21 de junho de 2022 - 11h35
Nesta terça-feira, 21, a iniciativa Ad Net Zero, criada pela Advertising Association UK em 2020, deu um novo passo no seu plano de zerar a pegada de carbono da indústria publicitária. No Cannes Lions, Stephen Woodford, CEO da Advertising Association, anunciou uma série de agências e anunciantes globais que passam a integrar o projeto com o compromisso de tornar todo anúncio verde em oito anos, ou até 2030. Profissionais que representam essas empresas subiram ao palco como forma de reforçar o senso de responsabilidade. O pacto foi anunciado no painel “By 2030 Every Ad Will Be a Green Ad”.
São eles: Lorella Gessa (Havas Group), Lindsay Pattison (WPP), Jemma Gould (IPG), Anna Lungley (Dentsu Internacional), Arielle Gross Samuels (Meta), Carla Serrano (Publicis Groupe), Stephan Loerke (WFA), Marla Kaplowitz (4A’s), Dagmara Szulce (IAA Global), Melanie Burger (Sky Creative), Bob Liodice (ANA), Tamara Daltroff (EACA), Lorraine Twohill (Google), Daryl Simm (Omnicom Group), Aline Santos (Unilever) e David Cohen (IAB).
Eles formam Founding Corporate Group de dez empresas que se uniram ao projeto para compartilhar essa missão e convidar demais a se unirem, pois, como descreveu Woodford, eles não são um grupo fechado. “O princípio é colaboração”, disse e convidou a qualquer profissional a propor para sua empresa fazer parte dessa meta. “O Reino Unido é responsável por 5% da publicidade no mundo. Os EUA por 40%. Para ter um impacto de fato, precisamos expandir para além dos Estados Unidos”, colocou.
Algumas das organizações que estão filiadas, como a ANA e EACA tem iniciativas em prol da sustentabilidade. Woodford afirmou que a ideia do Ad Net Zero é ser complementar a essas para evitar duplicação, maximizar aprendizados e chegar na linha de chegada mais rápido. Além do Reino Unido, a Irlanda também se comprometeu com esse objetivo.
O Cannes Lions tem sido útil para a organização se conectar com demais stakeholders e convidá-los a esse movimento. Abrindo o painel, o CEO do Lions, Simon Cook colocou que a indústria publicitária enfrenta o desafio de se mostrar útil para tornar o planeta melhor e que para que esse objetivo seja alcançado, é necessário um trabalho conjunto e que envolva todo o ecossistema do mercado.
“O papel fundamental do Lions sempre foi trazer pessoas juntas para lidar com os maiores problemas da indústria e usar a criatividade para ter certeza que nossa indústria faça sua parte”, afirmou. O próprio Cannes Lions está comprometido com o Ad Net Zero e usa uma calculadora para acompanhar, metrificar e reduzir sua pegada de carbono.
O painel também recebeu Aline Santos, CBO e Chief DE&I Officer da Unilever, para contar sua trajetória com o Unstereotype Alliance, iniciativa que começou com um projeto interno da companhia e se expandiu para a UN Women e o mercado como um todo para tornar a publicidade menos estereotipada e mais alinhada com a identidade dos consumidores, como forma de inspirar a iniciativa Ad Net Zero no seu caminho para se tornar global.
Segundo ela, no começo, em 2016, não foi fácil unir as empresas que eram concorrentes em uma causa só. Começou com 24 empresas reunidas no Cannes Lions e hoje conta com 230. Suas estratégias foram: formar parcerias para aprender mais rápido a partir dos erros e acertos dos parceiros, mensurar o progresso ou a falta dele, reexaminar tudo para impulsionar mudanças sistemáticas, elevar essa questão ao nível seniores da empresa para assumir responsabilidade pela causa.
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