Cannes acabou, mas trabalho dos jurados não
Grupo de profissionais brasileiros pretende realizar encontros e manter discussões acerca dos trabalhos criativos do País
Grupo de profissionais brasileiros pretende realizar encontros e manter discussões acerca dos trabalhos criativos do País
Bárbara Sacchitiello
28 de junho de 2017 - 12h32
Participar de um júri do Festival Internacional de Criatividade de Cannes é, segundo relatos de quem desempenhou a função, uma experiência exaustiva, que demanda longas horas de discussões e análises de cases em salas fechadas. A tarefa, que pode se estender por até sete dias, normalmente é finalizada quando a organização do Festival entrega aos jornalistas a lista das peças premiadas naquela categoria, quando os jurados são liberados para descansar e acompanhar o restante do evento.
Com os brasileiros que participaram da edição deste ano do Cannes Lions, esse momento de folga ainda não chegou – mas por vontade e iniciativa dos próprios profissionais. De acordo com Nizan Guanaes, que participou do festival como jurado de Titanium & Integrated, o entrosamento dos brasileiros foi tamanho que os encontros e reuniões que aconteceram antes e durante o festival, terão continuidade.
“Criamos um grupo muito interessante e unido, que começou a se formar assim que os nomes dos jurados foram anunciados. Passamos a conversar e a manter contato constantemente via WhatsApp, em um grupo pelo qual compartilhávamos ideias sobre trabalhos e informações sobre o evento. Agora que o Festival terminou, não queremos que esse grupo se desfaça”, comenta Nizan.
Segundo o chairman do Grupo ABC, a continuidade do trabalho dos jurados acontecerá na forma de encontros e organização de debates e encontros para discutir os desafios cotidianos. “Temos nesse grupo jovens profissionais muito talentosos e pessoas que estão fazendo excelentes trabalhos. Então, é muito interessante preservar essa união para que possamos nos apoiar e, juntos, fortalecer a indústria da comunicação brasileira”, comenta Nizan.
Os jurados brasileiros chegaram a se reunir antes da viagem para a França, em um jantar organizado por Nizan. As conversas prosseguiram durante o festival e, em breve, já deve ser definida uma data para uma rodada de conversas e trocas de experiências entre o grupo.
Além de Nizan Guanaes, também representaram o Brasil no júri de Cannes Lions neste ano Erh Ray (BETC/Havas), Roberto Coelho (Satélite Áudio), Claudio Lima (Ogilvy), Bruno Prósperi (AlmapBBDO), Sérgio Gordilho (Africa), Rafael Pitanguy (Y&R), Célio Ashcar (Aktuellmix), Moa Netto (W3Haus), Mário Narita (Narita Design), Andrea Alvares (Natura), Miriam Shirley (Publicis Brasil), Gabriel Araújo (Little George), Elisabeth Castanheira (Prêmio Objetivo Brasil), Diego Freitas (Havas Life) e Mario D’Andrea (da Dentsu, que presidiu o júri de Radio).
Outros brasileiros também fizeram parte do júri, mas representando outros mercados em que atuam. Foi o caso de PJ Pereira, que presidiu os trabalhos de Entertainment e de Marcelo Pascoa, da Coca-Cola e Ricardo Dias, da AB-Inbev, que participaram da mesma categoria.
Compartilhe
Veja também
Brasil sobe para a segunda posição no Lions Creativity Report
País ocupa segundo lugar depois de seis anos consecutivos na terceira colocação do relatório anual do Lions
Veja ranking atualizado das brasileiras mais premiadas na história de Cannes
Gut sobre da 19ª para a 14ª colocação; e, nos três primeiros lugares, a Almap acumula 276 troféus; a Ogilvy mantém 158 Leões; e a DM9, brasileira mais premiada em 2024, salta de 137 para 153 troféus