Criatividade coletiva: o novo superpoder da publicidade
Não existe execução complexa para um time apaixonado, engajado e que acredita no potencial da ideia
Criatividade coletiva: o novo superpoder da publicidade
BuscarNão existe execução complexa para um time apaixonado, engajado e que acredita no potencial da ideia
17 de junho de 2025 - 14h00
Ontem, durante um jantar do grupo em que trabalho, um colega da região me abordou curioso sobre dois dos nossos cases recentes. Um deles, no qual traqueamos carrinhos abandonados de anos anteriores e impactamos mais de um milhão de consumidores de forma hiperpersonalizada. O outro, no qual desenvolvemos uma nova solução de produto para combater uma tensão real do consumidor.
A dúvida dele era simples, mas poderosa: como vocês conseguiram implementar ideias que parecem ter execuções tão complexas?
Na hora, respondi de forma instintiva. Mas depois, refletindo melhor, percebi uma verdade importante por trás dessa pergunta: quando temos uma boa ideia — verdadeiramente criativa, que se conecta genuinamente com o público, está alinhada ao propósito da marca e responde a um desafio real de negócio — a execução deixa de ser um problema. O que faz a diferença é o engajamento.
Não existe execução complexa para um time apaixonado, engajado e que acredita no potencial da ideia. Quando o entusiasmo é compartilhado, todos se movem com agilidade e vontade para fazer acontecer.
E quando falo de time, não me refiro apenas à agência. Estou falando também do cliente e de todos os parceiros que precisam ser envolvidos para que a ideia ganhe vida. Uma ideia poderosa só vira case quando todos estão jogando juntos.
Esse é um ponto de virada importante na nossa indústria. Antigamente, especialmente olhando para festivais como Cannes, a criatividade parecia uma celebração exclusiva do departamento criativo das agências. Os grandes cases vinham, majoritariamente, dessa área — com pouca participação ativa dos clientes e de outras disciplinas.
Hoje, felizmente, o cenário mudou. O que vemos em Cannes (e o que acreditamos profundamente na MRM) é que a criatividade é um esporte coletivo.
Todos — criativos, estrategistas, profissionais de dados, mídia, tecnologia, negócios, veículos, clientes — são corresponsáveis pelo produto criativo. E quando esse comprometimento acontece de forma genuína e em prol do negócio, não há obstáculo que nos impeça de inovar.
Um case matador nasce de uma boa ideia. Mas ele só se concretiza com colaboração, parceria e engajamento real. E, acima de tudo, com um time que acredita que criatividade não é um departamento — é uma cultura.
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