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O Brasil não é participante, é autor

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Cannes Lions

16 a 20 de junho de 2025 | Cannes França
Diário de Cannes

O Brasil não é participante, é autor

Brasil faz história em Cannes com criatividade, propósito, diversidade e performance, reafirmando seu papel como motor global de transformação.


24 de junho de 2025 - 16h35

E, mais uma vez, me dá orgulho ser brasileira. O Brasil fez história no maior festival de criatividade do mundo e mostrou todo seu sotaque, cultura, criatividade, inovação e, claro, performance. Não fomos só espectadores: fomos destaque, inspiração e motor de transformação.

Se em 2024 vimos “Paris virar baile” nos Jogos Olímpicos, em 2025 foi a vez de Cannes ganhar trilha sonora e uma energia legitimamente brasileira. O Brasil entrou para história, ao ser o primeiro país homenageado no Festival e entregou uma das suas melhores performances.

Se “Cannes virou baile”, foi também palco de reflexões importantes: o impacto da IA para ampliar a criatividade humana, o poder do storytelling com propósito, a força dos creators como cocriadores estratégicos e o entendimento de que diversidade e inclusão não são mais opções ou pautas isoladas – são pilares para transformar marcas e a própria indústria.

Inteligência Artificial: coadjuvante potente – A IA esteve presente em todos os cantos do Festival, mas não para roubar a cena – para ampliá-la. O debate não era mais sobre o futuro, era sobre o agora. Logo na abertura do festival, a Apple mostrou ao mundo que tecnologia e olhar humano não são forças opostas, mas sim complementares. A mensagem foi clara: a IA não é protagonista e sim coadjuvante potente.

Storytelling com propósito: não basta gerar conteúdo, é preciso gerar sentido – Se antes a comunicação tentava disputar atenção, hoje busca conquistar relevância e conexão. O destaque para palestras de nomes como Jimmy Fallon, Reese Witherspoon e Sterling K. Brown não poderia ser mais direto: as marcas que não contam boas histórias não mobilizam audiência.

A força dos creators: parceiros estratégicos – A comunicação eficaz passa por quem entende a cultura e fala a língua das comunidades. Os creators não são mais acessórios para as marcas, são forças centrais para transformar mensagens em diálogo e impacto.

Diversidade e inclusão: não é tendência, é premissa – Se o mundo aponta para uma comunicação mais humana e plural, o Brasil não poderia estar em uma posição mais privilegiada. A diversidade não é só uma vantagem competitiva para nós, mas uma assinatura cultural única — uma força autêntica para transformar comunicação em impacto social e econômico.

Criatividade e performance: a combinação perfeita – O festival foi marcado por um discurso mais maduro e pragmático: grandes ideias precisam gerar grandes resultados. Campanhas premiadas não foram só as mais emocionantes ou inovadoras; foram as que entregaram transformação real para marcas, pessoas e negócios.

Cannes 2025 foi um lembrete: o novo não virá dos prompts, mas da fricção. Da mistura entre algoritmos e afetos. Entre dados e desejos. Da coragem de quebrar narrativas e influenciar de verdade.

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