Onde fica a IA em Film Craft

17 de junho de 2025 - 13h14

Hoje é o dia da entrega da categoria de Film Craft, a qual tive a oportunidade de julgar este ano.

Avaliar o craft significa colocar uma lente atenta e criteriosa à escolha e ao uso dos recursos que, individualmente ou em combinação, compõem uma peça. E, em filme, isso inclui identificar quando o craft deixa de ser apenas uma camada adicional e se torna um elemento central da narrativa — algo que potencializa a ideia, trazendo frescor criativo e autenticidade.

Neste ano, o uso de IA na criação e produção das peças veio sob um recorte frequentemente crítico e hesitante — tanto como tema central em algumas campanhas, quanto como elemento de contraste que valoriza técnicas audiovisuais tradicionais e narrativas mais autênticas, centradas no humano.

É evidente que ainda não há um lugar universalmente aceito ou confortável para a IA nesse contexto, mas sim um convite constante à reflexão sobre quando e como ela deve ser utilizada.

Acredito que, nos próximos anos, será essencial que o Festival encontre uma forma mais oficial de incluir e avaliar o papel da IA nos projetos — seja por meio de categorias dedicadas, seja por critérios mais claros e rigorosos sobre como a IA é utilizada nas execuções.