Presságio Fantasma
Pra mim, todos os anos o Festival de Cannes começa com uma pergunta. Vale a pena ir? Nestes tempos de racionalizar despesas, vale empenhar esse tato de euros e uma semana inteira de tempo?
Pra mim, todos os anos o Festival de Cannes começa com uma pergunta. Vale a pena ir? Nestes tempos de racionalizar despesas, vale empenhar esse tato de euros e uma semana inteira de tempo?
12 de junho de 2017 - 11h47
Pra mim, todos os anos o Festival de Cannes começa com uma pergunta. Vale a pena ir? Nestes tempos de racionalizar despesas, vale empenhar esse tato de euros e uma semana inteira de tempo?
Nos últimos três anos eu respondi que sim. Mas as razões mudaram de ano pra ano, na mesma velocidade em que tudo ao nosso redor nessa nossa indústria vem mudando.
Já fui a Cannes buscar referências criativas. Já estive lá pra compreender como mercados mais avançados faziam do digital sua espinha dorsal estratégica. Já passei por lá pra acompanhar como a comunicação deixou de de ser peça de mídia e ganhou a forma de interface.
No ano passado, acompanhei de perto a dominância das plataformas digitais no Festival. O fantasma do Snapchat revestindo o Palais des Festivals, como uma espécie de presságio.
Em 2017 minha missão por lá é a mesma que atribui pra mim mesmo nessa minha nova fase junto ao ABC e ao Omnicom. Busco lá inspiração para a reconstrução completa da nossa própria indústria. Hoje eu trabalho pra isso. Repensar como funcionamos e imaginar como seremos nos próximos anos.
Prometo aqui não ser um relator passivo e apocalíptico dos acontecimentos, mas sim um agente ativo e agregador. Cannes esse ano pra mim servirá para observar, para trocar ideias e mobilizar essa nova geração de líderes que assume o comando das agências, meios e marcas.
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