Aumenta o som, que os Leões de PR vêm aí
A premiação da 71ª edição do Cannes Lions me fez refletir sobre o poder da música e do som como originadores e reverberadores de conversas importantes
A premiação da 71ª edição do Cannes Lions me fez refletir sobre o poder da música e do som como originadores e reverberadores de conversas importantes
24 de junho de 2024 - 14h59
A premiação da 71ª edição do Cannes Lions me fez refletir sobre o poder da música e do som como originadores e reverberadores de conversas importantes.
O grande premiado do ano, nessa que é uma das 30 categorias e minha grande paixão, foi “The Misheard Version”, de Londres, em que Rick Ashley regrava seu hit mais clássico trocando a letra por erros comuns que as pessoas sempre cometeram. A meta era gerar conversas sobre tratamento auditivo e um grande resultado de earned media foi o segredo para reforçar como a música e o humor podem fazer a sociedade pensar sobre um problema que quase passa despercebido.
O Brasil levou Ouro com o case “VW 70 anos | Gerações”. Polêmico e alvo de críticas no Conar, esse case é belíssimo por ressuscitar a voz de Elis com o uso da Inteligência Artificial. A música e as lindas cenas fizeram a sociedade toda compartilhar o vídeo da campanha, que furou muito a bolha do nosso mundinho de Marketing. Acabou não só colocando luz na nostalgia e na beleza de sua execução, como também nas questões éticas da IA, tema de destaque de Cannes esse ano, como já era de se esperar.
Outro ouro em PR foi para “In Transit” (EUA), que focou na questão do dia da visibilidade trans. O insight da agência parte da descoberta de que o dono da voz oficial do metrô de NY é hoje uma mulher trans e aproveita o áudio do metrô pra contar a história dela e ampliar a conversa sobre a diversidade de gênero.
A música foi central em outros diversos cases vencedores em outras categorias, como o GP vencido por Johnnie Walker e sua homenagem à cantora Alaíde Costa, corrigindo um erro histórico de uma artista que merecia visibilidade e reconhecimento. Com o nome “Errata aos 88”, sobre a Bossa Nova, o case brilhou além dessa categoria:
Aumenta o som e aproveita pra assistir aos quatro!
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