Não quero ouvir, quero ver
Não quero ouvir, quero ver! Nada se compara ao poder da imagem, mesmo quando ouvimos um áudio ou lemos um texto, pensamos nas imagens que os representem.
A campanha deste ano da FilmBrazil (#Tweetscript) lembra o cinema mudo: a narrativa, a interpretaçãoo e o ambiente são suficientes para o entendimento da história. Aqui em Cannes, tudo é muito visual, não somente pela beleza da cidade e de suas paisagens, mas também pela exposição dos players. A imagem é fundamental, ainda mais num festival frequentado por diversas nacionalidades e idiomas.
As marcas buscam, incansavelmente, novas fórmulas de se comunicar, muitas invadem a privacidade do consumidor, outras buscam inovar na forma, mas continuam fazendo propaganda alongada.
O espaço que o festival reserva para o entretenimento é ainda muito pequeno, talvez seja este o segredo para fidelizar e engajar o público. A criatividade tão propagada em Cannes ainda se restringe à exposição das marcas em primeiro lugar.
Quem fala sobre conteúdo tem convicção irrestrita de quão poderoso ele será para o futuro da publicidade em breve. Como produtores de imagem também temos essa mesma crença.
No Brasil, o branded content ainda não é uma realidade, mas o mundo já vem oferecendo soluções inovadoras. O Festival de Criatividsde de Cannes foi mais longe: apresenta o entretenimento como alternativa possível, onde apenas valores das marcas fazem parte do storytelling.
Nesse contexto, a melhor forma de entreter o público é através da imagem. Ela, por meio da emoção, atinge o ponto mais sensível do ser humano, sobrepõe-se a qualquer nova tecnologia, aliás, utiliza-se desta para ser melhor compreendida.
Eu quero ver e ouvir! A combinação de áudio e imagem é perfeita, mas somente as imagens podem ser difundidas em qualquer lugar – sem que sejam invasivas e intrusivas, mesmo em lugares públicos, onde a poluição sonora toma conta.