Demorou, mas alguém disse o que precisava ser dito
Sem crédito, sem criadores, sem cultura: os alertas de uma palestra que finalmente disse o óbvio
Demorou, mas alguém disse o que precisava ser dito
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22 de junho de 2025 - 8h00
Dois coreanos, visivelmente ansiosos no palco, disseram o que ninguém estava dizendo. A inteligência artificial funciona, em parte, porque não respeita copyright.
Simples assim.
Vivemos hoje um vácuo de autoria, crédito e recompensa. A democratização das ferramentas veio acompanhada de uma banalização e falta de respeito com a fonte. O uso irrestrito de referências, sem permissão, tornou-se regra, e poucos questionam o impacto disso.
A pergunta foi provocativa: o que acontece com uma sociedade que para de valorizar quem cria?
A resposta foi direta: Sem crédito, não há estímulo. Sem estímulo, não há criadores. Sem criadores, não há arte. Sem arte, a cultura se dissolve. E com ela, vai embora a memória, a identidade, a história.
A arte molda o mundo. Mas o mundo que estamos moldando pode estar apagando quem faz arte.
A palestra foi revigorante. Não pelas respostas, mas porque alguém, enfim, apontou o problema.
No fim, a questão não é sobre o que a IA pode fazer. É sobre quem está deixando de fazer por causa dela.
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