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Pilha no Brinquedo #17: Camaleão – o futuro do trabalho

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Opinião

Pilha no Brinquedo #17: Camaleão – o futuro do trabalho

Temos muito a aprender com esse réptil e sua capacidade de adaptação ao ambiente


9 de julho de 2024 - 8h00

Qual o futuro do trabalho? Se fizermos esta pergunta para as três últimas gerações, teremos muito provavelmente diferentes perspectivas. Não estou falando em previsões, mas em expectativas.

É fato que aquilo que nos forja são tanto as nossas referências internas, quanto os estímulos que recebemos e construímos. E, com isto, moldamos as nossas perspectivas. Isso faz parte das percepções que tangenciam as nossas gerações.

Nesses últimos quase 30 anos de trabalho em marketing, sinto que estamos vivendo uma imersão em várias sintonias de forma síncrona. Tanto pelo que somos e vivemos, quanto pelas experiências com os nossos chefes, times, clientes; estamos imersos em vários mundos geracionais ao mesmo tempo. Nascemos e crescemos analógicos e mergulhamos no digital, e tivemos que sair nadando todos os estilos.

E, então, que futuro vamos construir juntos? Como devemos nos comportar? A verdade, é que o que se apresenta é um futuro de possibilidades. Não é uma linha reta.

O nosso ontem, tinha um único começo meio e fim. Um caminho, um futuro. Era uma soma, uma combinação de poucas possibilidades, e hoje, a nossa equação básica é a multiplicação.

Mas por quê? Porque estamos vivendo mais e recebendo novos e muito mais estímulos. Exponenciais. Digo que crescemos na velocidade do som, e hoje temos que agir na velocidade da luz. O mundo é mais amplo e mais rápido. O mundo parece mais redondo, mais global, mais integrado, mais curto em distâncias. É online, é digital, é GPT, AI.

E isso muda os nossos papéis e nossas formas de agir. Já fomos protagonistas e antagonistas geracionais. A dissincronia como parte da formação dessa nova geração aborda o futuro (e sucesso dele) no viver o aqui e agora e desenvolver vários papéis ao longo do caminho. Agora o que se apresenta é ser camaleão.

Numa pesquisa rápida, descobri algumas características interessantes desse réptil: muda de cor, tem olhos independentes e visão aguçada, uma língua longa e pegajosa, cauda preênsil, é territorial e, por fim, tem dedos articulados que se agrupam.

Parafraseando a definição, precisamos ter “olhos móveis”, para observar as direções ao mesmo tempo e fornecer uma visão ampla, profunda e integrada. Devemos projetar nossa “língua” para capturar presas. E tem que ser pegajosa, se não, não vamos engajar ninguém…rs. Tem ressonância? A cauda tem que ser preênsil e os dedos articulados para facilitar a captura oportunidades e propiciar uma movimentação mais segura “entre os galhos”, maximizando as chances de sobrevivência. Os dedos articulados se adaptam para agarrar “ramos com firmeza” e se locomover com eficiência. Afinal, o território é importante e valioso. Preservá-lo é também uma questão de perenidade.

E mais, é preciso ter a capacidade de “mudar de cor”, para entender as nuances sociais e étnicas – se queremos ser pertinentes em diversidade e inclusão. Alguma coincidência??

Camaleões amigos, somos o futuro de hoje.

Pilha no Brinquedo #15: Laços fracos

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